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(FILES) In this file photo taken on February 13, 2022 Hawa Mohamed Isack (R), 60, drinks water at a water distribution point at Muuri camp, one of the 500 camps for internally displaced persons (IDPs) in town, in Baidoa, Somalia. – Millions of people in Somalia are at risk of famine, with young children the most vulnerable to the worsening drought in the troubled Horn of Africa nation, UN agencies warned on April 12, 2022. “Somalia is facing famine conditions as a perfect storm of poor rain, skyrocketing food prices and huge funding shortfalls leaves almost 40 percent of Somalis on the brink,” the agencies said in a statement. (Photo by YASUYOSHI CHIBA / AFP)

Corno de África. 3,3 milhões de pessoas precisam de assistência urgente

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“A grave situação de fome e seca no Corno de África colocou cerca de 3,3 milhões de pessoas refugiadas e deslocadas internamente em necessidade urgente de assistência humanitária”. Quem o diz é a Portugal com ACNUR, o parceiro nacional da Agência da ONU para os Refugiados, em comunicado enviado às redacções.

Em causa está um valor “recorde” nesta zona do continente. Isto porque, entre Janeiro de 2022 e Março deste ano, “cerca de 1,94 milhões de pessoas deslocaram-se internamente na Etiópia e Somália, dois dos países mais afectados”, explica a fonte citada.

Esta crise humanitária — elabora a mesma nota enviada às redacções — também tem assumido “contornos expressivos e preocupantes” ao nível dos refugiados, visto que mais de 280 mil pessoas atravessaram as fronteiras da Somália e Sudão do Sul e refugiaram-se em zonas do Quénia e da Etiópia, também elas “já muito fragilizadas pela seca longa e profunda”.

Importa lembrar que, nos tempos que correm, vivencia-se no Corno de África, que engloba países como Etiópia, Somália e Quénia, a “mais longa e severa seca em 40 anos, e que afecta já 2,6 milhões de refugiados e deslocados internos”. Só na Somália, 607.300 pessoas foram recentemente deslocadas “devido à insegurança persistente e à seca”, com a situação a deteriorar-se ao longo do último ano.

“Trata-se de uma situação dramática que deu origem a uma crise humanitária sem precedentes nesta zona do globo, e que deverá persistir durante o ano de 2023: com o agravamento das alterações climáticas, duplica a fome, duplicam as pessoas deslocadas e duplica a urgência de protecção e assistência do ACNUR”, defende a organização, no presente comunicado.

Por esses motivos, a Portugal com ACNUR lançou uma nova campanha, ‘A Fome está a Duplicar’, apelando ao donativo para fazer face a esta emergência e ajudar a alcançar o montante de 137 milhões de dólares internacionalmente.

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