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Cooperativas de táxis de Luanda ameaçam paralisar actividade nos dias 25 e 26 de Março

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A União de Cooperativas e Associações de Taxistas e Moto-taxistas de Luanda queixam-se da falta de resposta das autoridades às suas preocupações, como a retirada de contribuições, e prometem parar com toda a actividade nos próximos dias 25 e 26 de Março.

Segundo uma nota, a que este portal teve acesso, os representantes das cooperativas e associações reuniram-se com as autoridades provinciais no dia 8 de Janeiro para apresentar as reivindicações, porém, não obtiveram quaisquer respostas desde aquela data.

Esse desencontro fez nascer a intenção de se paralisar as actividades de táxis e moto-táxis, em sinal de repúdio e por entenderem que não houve reconhecimento dos seis pontos que constituem as principais preocupações, entretanto, já comunicadas ao Governo Provincial de Luanda, no dia 11 de Março.

Trata-se dos seguintes pontos: A retirada da subvenção ao preço da gasolina sem ouvir as cooperativas e associações; a ausência de pontos de Paragens de Táxis na Província de Luanda; actualização de rotas; reivindicação pela legalização dos táxis ‘gira-bairros’; reivindicação pela legalização dos ‘lotadores’; e a ‘implementação do Decreto Presidencial 123/22’, que estabelece o regime jurídico aplicável ao exercício das actividades de taxistas e moto-taxistas.

Em declarações à Lusa, António Freitas, representante desta estrutura, que congrega quatro cooperativas e três associações, lamentou a retirada da subvenção à gasolina, sem que estes profissionais tivessem sido ouvidos, defendendo uma solução alternativa aos cartões de combustíveis.

O governo iniciou, em Junho do ano passado, a retirada gradual do subsídio aos combustíveis, que começou pela gasolina, isentando, porém, algumas actividades económicas.

Agricultores e pescadores artesanais, taxistas e moto-taxistas eram beneficiários dessa isenção, que vai acabar a 30 de Abril do corrente, através da entrega de cartões com um plafond diário de sete mil kwanzas para cobrir o diferencial entre os 160 kwanzas por litro, que custava a gasolina e os actuais 300 kwanzas.

“Queremos subvenções, mas não através dos cartões. Isso foi só um grande negócio”, criticou António Freitas, acrescentando que há mais de sete mil cartões por entregar aos taxistas, que ficaram nas administrações municipais.

Noutros casos, continuou, “os cartões vinham vazios (sem plafond)” ou ficavam até três meses sem serem carregados.

“O que queremos saber é onde ficou esse dinheiro”, enfatizou, sublinhando que o colectivo está aberto ao diálogo até ao dia 18 do corrente mês. No entanto, caso não haja nenhum pronunciamento, devem dar início aos preparativos da greve.

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