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Presidente Jair Bolsonaro durante cerimônia de posse do Ministro de Estado da Cidadania, Joao Roma, e do Ministro de Estado Chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Onix Lorenzoni e sanção da Lei da Autonomia do Banco Central

Brasil. Bolsonaro inelegível, mas diz apoiar candidatura da mulher à Presidência

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Após ter sido confirmado que Jair Bolsonaro está oficialmente inelegível até 2030, isso não quer dizer que não seja possível ter alguém da família a concorrer nas próximas eleições presidenciais, marcadas já para 2026.

Em declarações proferidas, na quinta-feira, pouco após aterrar no Rio de Janeiro e ser apelidado “criminoso” e “golpista” pelos presentes, o ex-chefe de Estado disse apoiar uma candidatura da sua mulher, Michelle Bolsonaro, às próximas eleições presidenciais.

Questionado directamente sobre o tema, respondeu, aqui citado pela Reuters: “É claro que eu apoiaria uma candidatura da Michelle”.

Recorde-se que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) do Brasil decretou, esta sexta-feira, 30, que o antigo Presidente Jair Bolsonaro não poderá ir a eleições até 2030, altura em que terá 75 anos.

Foi o voto da juíza Cármen Lúcia que ditou a decisão, tendo apelado à condenação de Bolsonaro por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação. Assim, e apesar de a quarta sessão do julgamento ainda não ter terminado, já existe maioria entre os juízes, uma vez que eram apenas necessários quatro de sete votos a favor da condenação.

Sublinhe-se que o antigo Presidente ainda pode recorrer da sentença tanto junto do TSE, como do Supremo Tribunal Federal (STF). Na verdade, o advogado de defesa Tarcísio Vieira de Carvalho Neto já anunciou que recorrerá ao STF.

Perante este veredito, o garante do futuro político dos Bolsonaro pode mesmo residir nos restantes elementos da sua família.

Apesar de uma novata na política, Michelle Bolsonaro não descarta a possibilidade de concorrer ao cargo presidencial, sustentando-se no perfil mais proeminente que conseguiu durante a campanha para as eleições de 2022. Juntou-se ao Partido Liberal conservador no ano passado e é agora líder do movimento de mulheres.

Em Maio, tinha já referido acerca do seu possível futuro político: “Se, enquanto estiver neste caminho, e caso o meu coração anseie por isso, posso ser candidata às legislativas”.

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