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Biden pede demissão do governador de Nova Iorque após acusações de assédio sexual

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O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, aconselhou, nesta terça-feira, 3, o governador de Nova Iorque, Andrew Cuomo, a renunciar ao cargo, depois das revelações da investigação publicada pela procuradoria do estado nova-iorquino. Cuomo é acusado de assediar sexualmente várias mulheres, a maior parte delas funcionárias e ex-funcionárias, entre 2013 e 2020.

O chefe de Estado norte-americano junta-se ao coro de apelos à demissão de Andrew Cuomo, logo após o anúncio das conclusões das investigações. Pela voz do chefe dos democratas na câmara baixa do estado de Nova Iorque, Carl Heastie, ouviu-se o mesmo apelo. Heastie já tinha criticado o governador a respeito do mesmo caso.

“Acho que devia renunciar”, disse Biden aos jornalistas, numa conferência de imprensa. “Entendo que a legislatura estadual pode decidir pelo impeachment. Mas não tenho a certeza disso”, acrescentou.

O relatório de 169 páginas, disseminado pela imprensa americana e citado pelo portal Notícias ao Minuto, foi concluído após cinco meses de investigação conduzida por dois advogados externos que entrevistaram 179 pessoas, reviram dezenas de milhares de documentos, textos e fotografias e que declararam que a administração Cuomo era um “ambiente de trabalho hostil”, que estava “repleta de medo e intimidação”.

As pessoas entrevistadas incluíram as queixosas, actuais e ex-funcionários, polícias estaduais, funcionários do estado e outros que interagiam regularmente com o governador.

“Essas entrevistas e evidências revelaram um quadro profundamente perturbador, mas claro: o governador Cuomo assediou sexualmente várias mulheres, incluindo funcionárias e ex-funcionárias estaduais, violando legislação federal e estadual”, disse a procuradora-geral, Letitia James, durante a apresentação do relatório.

O governador e os membros da sua equipa terão também adotado “medidas de represálias dirigidas a pelo menos uma funcionária por ter testemunhado”.

Andrew Cuomo já negou peremptoriamente as conclusões. “Antes de tudo, quero que saibam (…) que nunca toquei em ninguém de forma inapropriada ou fiz avanços sexuais inapropriados”, reagiu o governador democrata.

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