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ANIESA detecta no Lubango fezes de ratos na cervejaria N’Gola. Empresa opera sem licença ambiental há anos

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A indústria produtora de cerveja de marca N’Gola, no Lubango, província da Huíla, está a funcionar há anos sem uma licença ambiental, revelou a Agência Nacional de Inspecção Económica e Segurança Alimentar (ANIESA).

Durante uma inspecção realizada pelos efectivos da ANIESA àquela unidade fabril, foram encontradas fezes de ratos e insectos no milho e no arroz usados para o fabrico da cerveja, bem como a falta de higienização do espaço onde são armazenados os produtos que servem de matéria-prima na produção da “N’Gola”.

Segundo o balanço apresentado pelo porta-voz da ANIESA, Osvaldo António, na semana de “transição” de Outubro para Novembro, foram igualmente realizadas acções de inspecção ao supermercado Shoprite do Lubango, onde foi constado a existência de produtos em mau estado de conservação e outros sem data de caducidade.

“A brigada destacada na província da Huíla, no município do Lubango, inspeccionou alguns estabelecimentos, com destaque para o supermercado Shoprite onde foram detectados a existência de elevado número de produtos, como arroz, batata, milho, feijão verde, cebola, entre outros, em mau estado de conservação; bem como produtos embalados com a data de caducidade vencida”, avançou o responsável.

De acordo com o inspector, no período em referência, as acções das brigadas da entidade inspeccionadora da actividade comercial alimentar em algumas províncias do país — nomeadamente em Cabinda, Benguela e Huíla —, culminaram com a realização de 201 inspecções, sendo 154 a estabelecimentos comerciais, 12 a industriais, 20 a estabelecimentos de saúde (farmácias e depósitos de medicamentos) e 15 a unidades de hotelaria e turismo.

As acções resultaram em 507 infracções de natureza diversas, sendo oito suspensões temporárias da actividade económica e comercial, por infracções graves, como o caso da Shoprite de Benguela, que foi suspensa por vender produtos expirados.

Em termos financeiros, adiantou o responsável, as irregularidades constatadas estão avaliadas em mais de 22 milhões e 400 mil kwanzas, se convertidas em multas.

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