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Angola sai da lista dos regimes ‘autoritários’ e passa a constar dos ‘híbridos’ no Índice de Democracia da revista The Economist

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Angola saiu da lista dos países com regimes autoritários para a dos híbridos, após ter somado 0,22 pontos no Índice de Democracia 2023 da revista The Economist, uma publicação inglesa de notícias e assuntos internacionais de valor.

Publicado anualmente pela The Economist Intelligence Unit — uma empresa de pesquisas e análises do Economist Group, que publica a prestigiosa revista The Economist —, o índice analisa cinco factores diferentes para determinar quais os países mais democráticos e os mais autoritários do mundo.

Os cinco factores analisados são: o processo eleitoral e pluralismo, funcionamento do governo, participação política, cultura política e liberdades civis.

Cada país é classificado num tipo de regime — democracia plena, democracia imperfeita, regime híbrido, ou regime autoritário — consoante a pontuação registada numa série de indicadores, numa escala de 0 a 10.

De acordo com o relatório da The Economist, referente ao ano de 2023, Angola obteve a pontuação mais alta de sempre, com 4,18 pontos, ganhando o estatuto de ‘regime hibrido’ — o que o fez sair do 108.º lugar do ranking global para o 107.º, assim como também da posição 22.º do ranking regional da África Subsaariana para a 21.º.

O país está entre os seis Estados africanos que constam do ‘top dez’ das melhores performances a nível global.

Os dados apresentados revelam ainda que, no período em análise, o continente africano contou apenas com uma ‘democracia plena’ – a da Maurícias, mais uma vez — seis ‘democracias imperfeitas’, inalteradas em relação aos índices de 2022 e 2021.

O número de países classificados como ‘regimes híbridos’ alterou por força da ascensão de Angola.

No índice, que não inclui São Tomé e Príncipe, Portugal surge como o país lusófono mais bem colocado (21.º posição) e Cabo Verde vem a seguir na 35.ª posição, fruto da queda acentuada no índice de 2022.

Para os lusófonos, a tabela continua com o Timor Leste (45.ª), Brasil (51.ª), Angola (agora na 107.ª), Moçambique (mais 4 pontos – 113.ª), Guiné Bissau (140.ª) e Guiné Equatorial (mais dois pontos- 156.ª).

A Noruega é considerado o país mais democrático do mundo, posição que já ocupava em 2021. O país nórdico é seguido pela Nova Zelândia, Islândia e Suécia.

A nação mais autoritária é o Afeganistão, que também já ocupava esta posição desde o retorno dos talibãs ao poder, aniquilando muitas das liberdades civis da população local, especialmente das mulheres.

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