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Adesão à greve geral atinge os 95% e centrais sindicais ameaçam desencadear manifestações caso não sejam libertos os sindicalistas detidos pela PN

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As Centrais Sindicais, responsáveis pela convocação da primeira greve geral na história contemporânea de Angola, prometeram, nesta quarta-feira, 20, em comunicado, desencadear manifestações públicas pelo país, caso os sindicalistas detidos pela Polícia Nacional (PN) não sejam libertos de forma incondicional.

Neste primeiro dia da greve geral, que, segundo a Força Sindical, a União Nacional dos Trabalhadores de Angola-Confederação Sindical (UNTA-CS) e a Central Geral de Sindicatos Independentes e Livres de Angola (CGSILA), situou-se na ordem de 95%, a nível nacional, registaram-se várias violações ao direito à greve, que culminaram em detenções no Huambo e no Bengo.

Os sindicalistas Abrão Messamessa Faustino (funcionário da Educação), Narciso Chipalavela e Laurindo Chipesse Mário (ambos funcionários da Empresa Nacional de Distribuição de Energia (ENDE), acabaram detidos, acção condenada pelas centrais sindicais, que caracterizaram a atitude dos agentes da Polícia Nacional como “abusiva”.

“As Centrais Sindicais reservam-se ao direito de intentar acções judiciais contra os agentes da Polícia Nacional e os gestores das unidades hospitalares por violação da Lei da Greve (arts. 25.° e 26.º), e apelam à libertação incondicional dos sindicalistas (…)”, lê-se no comunicado, assinado pelas três centrais sindicais.

As promotoras da greve geral denunciam e exigem, no mesmo comunicado de imprensa, “o fim da coacção sobre os delegados provinciais da Justiça, exercida pelo Ministério da Justiça e Direitos Humanos, através de orientações superiores distribuídas por mensagens de WhatsApp”.

Apelam a todos os trabalhadores para que se mantenham firmes nesta luta pela sobrevivência, justificando que “não se trata de uma mera greve, mas de uma luta pelo resgate da dignidade social dos trabalhadores”.

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