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Vera Daves espera que novo CA do BPC acabe com a má reputação de ‘banco dos problemas de sistema’

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A ministra das Finanças, Vera Daves de Sousa, espera que o novo conselho de administração do Banco de Poupança e Crédito (BPC) seja “mais eficiente, rentável, comprometido com a qualidade, rigor e com uma reputação que orgulhe a nação”.

Vera Daves de Sousa, que falava durante a cerimónia de apresentação pública do novo conselho de administração daquela instituição bancária, lembrou sobre a necessidade de se dar a devida importância e robustez aos sistemas informáticos, devendo os mesmos serem estáveis, integrados e que ‘não sejam o calcanhar de aquiles’ do banco.

“Não podemos continuar a ser conhecidos como o banco em que há problemas de sistemas. Esta não é uma boa reputação, temos que mudar este quadro”, recomendou Vera Daves.

A ministra afirmou ainda que o BPC, por razões óbvias, tem um relacionamento muito próximo com os diversos órgãos do Estado, pelo que “deve agir com inteligência para encaminhá-los para o bem saber e fazer”.

Nesta ordem de ideias, Vera Daves de Sousa apelou ao novo quadro directivo do banco a não desistir e ter inteligência emocional e sabedoria sem melindrar as partes interessadas.

“Quando nos relacionamos com os órgãos do Estado, existem muitos chefes, e todos gostam, em determinados aspectos, puxar dos seus galões, de modo que pedimos paciência, inteligência e não se coibiam de recorrer a mim em caso de necessidade”, aconselhou.

O accionista, segundo a ministra das Finanças, está para os apoiar e ajudar com soluções que permitam resolver os problemas do Estado naquelas que forem as suas transacções financeiras sem recordarem o passado em que tudo era possível e permitido, o que, segundo Vera Daves, levou o BPC ao quase colapso.

A governante garantiu apoio político ao novo staff do banco, no sentido de ajudar a encontrar meios para o cumprimento da missão confiada ao novo conselho de administração, por forma a valorizar o património do Estado e o dinheiro dos contribuintes, prestando serviços de qualidade, rentabilidade, eficiência e boa reputação.

Por seu turno, o novo presidente do Conselho de Administração do BPC, Cláudio Pinheiro Macedo, disse que o desafio da sua governação é dar continuidade aos múltiplos projectos e programas que constavam do plano de recapitalização e restruturação da empresa, nomeadamente a estabilidade do sistema informático, a melhoria dos serviços prestados, correspondentes aos anseios e necessidade dos clientes.

De acordo com o gestor, a instituição vai concluir, num período entre dez  e 12 meses, o programa de monitorização do sistema informático, com a entrada do novo código bancário, o que, para si, vai tornar o banco público rentável, eficiente e competitivo para responder não só aos desafios dos clientes, como aos da concorrência também.

“Pretendemos, como último pilar do Plano de Reestruturação e Recapitalização (PRR), que está a 65% da sua conclusão, reposicionar o banco como o mais seguro, mais eficiente e mais actuante, do ponto de vista do suporte do financiamento à economia”, concluiu o Cláudio Pinheiro Macedo.

Fazem parte do novo Conselho de Administração do BPC Cláudio Macedo, como Presidente do Conselho de Administração, Luzolo de Carvalho, como presidente da Comissão Executiva; António da Silva, Jerónimo João Lara e Ana Cristina de Ceita, como administradores não executivos independentes.

São ainda parte do Conselho de Administração Luís Mulumba Duarte, Valter Salgueiro, Sandra Balsa e Áuria Alexandre, na qualidade de administradores executivos.

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