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UNITA indignada com o facto de os angolanos continuarem a morrer nos hospitais por situações caricatas de indisciplina e de má gestão

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O Grupo Parlamentar da UNITA (GPU) manifestou-se, nesta quinta-feira, 20, indignado com os reiterados casos de mortes nos hospitais públicos, em consequência de situações caricatas, de falta de disciplina e de má gestão das unidades sanitárias do país.

Em nota de imprensa, tonada pública nesta quinta-feira, o maior partido na oposição refere-se às denúncias feitas pelo médico e presidente do Sindicato dos Médicos Angolanos, Adriano Manuel, relativas à crise que enfrenta o Sistema Nacional de Saúde, em que, segundo relatam, predominam a falta de verbas e a má gestão.

O GPU, que manifesta a sua profunda indignação, não percebe o facto de continuarem a existir casos de mortes nos hospitais por “situações caricatas de indisciplina, falta de autoridade e má gestão”, decorrente do “descaminho sistémico de fármacos, conservação inadequada de lotes de medicamentos, roubos e desvios estruturados de verbas orçamentadas, rupturas de stocks e outras práticas incorrectas lesivas ao bem comum”.

Na mesma nota, os deputados da UNITA instam o Presidente da República, enquanto Titular único do Poder Executivo, a tomar as medidas correctivas de emergência que a gravidade da situação exige, para a salvaguarda da vida humana e para a humanização do Sistema Nacional de Saúde.

Por outro lado, o GPU exorta também a Inspecção Geral da Administração do Estado (IGAE) e a Procuradoria-Geral da República (PGR) a usarem as denúncias públicas do médico Adriano Manuel “como instrumento de trabalho”, de modo a averiguar “as causas mais profundas da crise sanitária do país”.

Com vista a corrigir os comportamentos nocivos e a responsabilizar os autores, quer no plano administrativo, quer no plano criminal, aquele partido exorta os profissionais da saúde, os sindicatos e os utentes em geral à perseverança e à resiliência, no sentido de prosseguirem com determinação os esforços tendentes à humanização e recuperação da integridade moral do Sistema Nacional de Saúde.

Por último, o GPU promete tudo fazer para que a execução das verbas atribuídas ao sector da saúde no Orçamento Geral do Estado, assim como aquelas recebidas de organizações internacionais das mais diversas formas, seja feita com probidade, transparência e rigor, nos marcos da legalidade democrática e das exigências dos organismos regionais e internacionais de que Angola faz parte.

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