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UNITA diz que situação “irregular” dos observadores de mesas no exterior é tentativa de “obstrução do processo de fiscalização”

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O secretário para os Assuntos Eleitorais da UNITA, Faustino Mumbica, culpabiliza a Comissão Nacional Eleitoral (CNE) e o Ministério da Administração do Território e Reforma do Estado (MAT) por serem as instituições responsáveis pela inscrição e actualização dos dados dos eleitores, acusando estes órgãos de tentarem obstruir o processo de fiscalização das mesas de voto.

“Nós escrevemos o nome dos delegados de lista no exterior e a CNE diz que não podem ser delegados porque estão inscritos para votar em Angola, mas alguns deles apresentam comprovativos que indicam que as suas mesas de assembleia é no exterior; ou seja, estamos aqui diante de eleitores cujos nomes aparecem em mais de uma assembleia de voto”, refutou o responsável.

Para Faustino Mumbica esta situação é uma forma que a CNE e o MAT encontraram para “querer obstruir o processo de fiscalização das mesas”, criando “impasses” aos delegados do seu partido.

“A UNITA não promove registo eleitoral, quem promoveu o registo eleitoral foi o MAT e a CNE, isso demostra a desorganização. Se a CNE divulgasse as listas dos eleitores, saberíamos quem são os melhores indicados para serem delegados de listas, mas assim não o fez e nos querem culpar pela sua própria desorganização”, defendeu-se.

No entanto, o responsável assegurou que a UNITA está a trabalhar para ver ultrapassar a situação, tendo adiantado que já se está a averiguar para a possível substituição dos cerca de 21 delegados que são alvos da deliberação da Comissão Eleitoral.

“Está cada vez mais claro que o objectivo desta desorganização toda é obstruir o processo de fiscalização das mesas, mas nós estamos a trabalhar para contornar a situação. À UNITA interessa apenas assegurar a fiscalização das mesas para garantir a transparência e lisura no processo eleitoral”, sublinhou.

O acto formal da entrega das credenciais dos delegados de lista das oito formações políticas concorrentes ocorreu no passado dia 10 do mês em curso, tendo sido entregues aos mandatários 276. 641 credenciais.

O MPLA, partido no poder, recebeu 52.517 credenciais; a UNITA, 51.620; a FNLA 34.331; a CASA-CE 33.221; a APN, 29.970; o PRS, 29.534; o PHA, 28.580 e o partido P-NJANGO, com 16.868 delegados inscritos.

Os delegados de lista são os agentes eleitorais responsáveis pela fiscalização de todo processo de votação com direito a assistência na abertura e encerramento das urnas, contagem dos votos, elaboração e assinatura das actas e o direito de obter uma cópia das actas, no quadro do processo de escrutínio.

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