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UNITA diz que propostas referidas por JLo visaram uma “transição estável e pacífica” para o país e não a criação de um novo GURN

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O Secretariado Nacional da Comunicação e Marketing da UNITA desmentiu, em nota de imprensa, que as propostas apresentadas ao Presidente da República por Adalberto Costa Júnior, em dois momentos distintos, na Cidade Alta, pretendessem a criação de um Governo de Unidade e Reconciliação Nacional (GURN), tal como referiu João Lourenço, na entrevista colectiva que concedeu a 12 órgãos de comunicação social, na passada quarta-feira.

Muito embora sem nunca ter mencionado de forma explícita o nome da UNITA, João Lourenço, que respondia a uma questão colocada pelo jornalista da Rádio MFM, disse que “em dois momentos diferentes” recebeu do referido líder partidário duas propostas que lhe cheiraram “a GURN” e que “talvez os seus proponentes não tivessem tido a coragem de lhe dar esta designação, mas, que, nas entrelinhas, acabaria por ser [uma proposta de criação de um Governo de Unidade e Reconciliação Nacional]”.

Em reacção, o maior partido na oposição refuta à “insinuação” de João Lourenço, esclarecendo que “as propostas feitas, pela direcção da UNITA, procuraram e sempre procurarão a negociação de uma transição estável e pacífica, em virtude das preocupações manifestadas, por vários sectores, a nível nacional e internacional” e não um novo GURN, uma experiência que, segundo descreve — mais palavra, menos palavra — como de muito má memória.

“O GURN (Governo de Unidade e Reconciliação Nacional) acabou em 2008. Sublinhamos que a UNITA quis sair do mesmo antes do seu fim. É uma experiência a não repetir, porquanto a concepção do seu programa foi exclusiva do partido no poder”, refere a UNITA na nota de imprensa, na qual repudia aquilo a que chamou de “ataques baixos” por parte de João Lourenço.

“O Presidente da República não tem necessidade de proferir ataques baixos, nem mandar recados, constantemente, pois tal postura não dignifica a sua figura que todos desejamos assumida com elevação e como símbolo de unidade de todos os angolanos”, critica a nota da UNITA.

O partido líder da oposição sustenta ainda que é proponente de um governo inclusivo e participativo, que constitui uma das suas principais bandeiras eleitorais, pelo que “tem a convicção de que os patriotas angolanos vão protagonizar a alternância, nas eleições de 24 de Agosto próximo, para implantar-se, em Angola, uma cultura de diálogo sincero e abrangente que tenha os interesses nacionais acima dos de grupo”.

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