Isto É Notícia

UNITA diz que acusações contra o juiz Joel Leonardo colocam em causa o sistema judicial angolano

Partilhar conteúdo

O Grupo Parlamentar da UNITA (GPU) exigiu, nesta terça-feira, 7, a demissão do juiz-conselheiro presidente do Tribunal Supremo, Joel Leonardo, pelo facto das acusações ligadas a alegados actos de corrupção, nepotismo e venda de sentenças — reveladas pelo portal de notícias Club-K —, colocarem em ‘xeque’ todo o sistema de organização e funcionamento da justiça angolana.

“Quando o nome do juiz-conselheiro presidente do Tribunal Supremo é vezes sem conta associado a escândalos de corrupção, má gestão e autoritarismo, todo o sistema de organização e funcionamento dos tribunais fica em causa”, afirmou o líder parlamentar da bancada da UNITA, Liberty Chiyaka, durante a conferência de imprensa, que serviu para apresentar a visão do seu partido em relação às várias questões que inquietam os cidadãos angolanos.

Os deputados da UNITA mostraram-se preocupados com o facto de o Conselho Superior Magistratura Judicial — o órgão fiscalizador do exercício dos juízes e magistrados —, ser presidido por alguém que “está, alegadamente, envolvido em escândalos”.

“Como fica a imagem do Poder Judicial? Quem vai avaliar os juízes, quando o seu presidente está em conflito com a lei? Quem vai ordenar sindicâncias, inspecções e inquéritos aos serviços judiciais, quando o presidente do Conselho está em falta? Quem vai propor medidas necessárias a eficiência e eficácia do Poder Judicial?”, questionam os deputados do maior partido na oposição, que exigem uma posição de coerência a Joel Leonardo:

“O Grupo Parlamentar da UNITA exige a demissão do senhor juiz-conselheiro presidente do Tribunal Supremo e a actuação da Procuradoria-Geral da República para o apurar das responsabilidades em todos os escândalos publicamente denunciados”.

Os parlamentares da UNITA repudiaram, igualmente, o facto de interesses privados, no Tribunal Supremo, se sobreporem aos gerais, à ética e à moral pública, e apelou à elevação e à consequente responsabilização dos agentes públicos que assim procedem, a fim de se salvaguardar o bom nome da República de Angola.

ISTO É NOTÍCIA

Artigos Relacionados