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UNITA considera que as duas maiores conquistas do país pouco ou nada beneficiam o povo angolano

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O Comité Permanente da Comissão Política da UNITA considera que as duas grandes conquistas de Angola independente — o Estado democrático de direito e a paz militar — pouco ou nada têm beneficiado o povo angolano, já que lhe é negado a sua participação pelo partido que sustenta o poder político.

“Tristemente, estas duas conquistas em pouco beneficiam o povo angolano. Aos cidadãos angolanos é negada a componente participativa da democracia, pois o partido no poder recusa-se, através de várias manobras, institucionalizar as autarquias”, lê-se numa nota de imprensa, divulgada, na sexta-feira, 11, por ocasião do 47.º aniversário da independência de Angola.

O maior partido na oposição — que descreve o Estado democrático de direito com a economia de mercado e a paz militar como frutos “de um abnegado esforço patriótico de que a UNITA é, sem ser o único, protagonista de primeiro plano” —, é de opinião que, “após 47 anos de independência, a terra angolana ainda não é propriedade do povo Angolano, mas sim do partido-Estado”.

“Quarenta e sete anos depois, Angola exige dos angolanos maior coesão e mais diálogo para vencer os desafios do combate à pobreza, à fome e à miséria, ao desemprego, à criminalidade; [vencer os desafios da] melhoria dos serviços de saúde, água potável, energia eléctrica, ensino de qualidade para todos, a inclusão social e a realização plena do angolano na pátria do seu nascimento”, refere a nota do Comité Permanente da Comissão Política da UNITA.

O órgão colegial da maior força política na oposição exorta o povo angolano, por outro lado, “à unidade de propósito e de acção”, no sentido de juntos materializarem, “no decurso do ano de 2023, a institucionalização das autarquias locais”, por serem, ressalta, “a via insubstituível e incontornável” para o desenvolvimento comunitário de Angola.

Um último apelo descrito na nota da UNITA está relacionado com os “heróis e mártires da luta de libertação pela independência de Angola e pela conquista da democracia e da paz”, para quem o partido do ‘Galo Negro’ pede uma “singela homenagem”. São eles: Álvaro Holden Roberto, António Agostinho Neto e Jonas Malheiro Savimbi.

“Que a sua obra se constitua em símbolos de patriotismo, incorruptibilidade e unidade nacional para uma Angola de todos e para todos. Em sua homenagem devemos tratar-nos todos, na prática social e perante a lei, como irmãos e filhos da mesma Pátria-Mãe, Angola”, conclui a nota.

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