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África do Sul. Minério provoca corrida desenfreada por supostos diamantes

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Na província do Kwazulu-Natal, milhares de pessoas aglomeraram-se depois que as fotos de pedras misteriosas foram postadas nas redes sociais como sendo pedras de diamantes.

Descobertas numa zona pobre de Kwazulu-Natal por milhares de pessoas que acreditavam ter encontrado uma mina de diamantes, as pedras não passavam, na verdade, de quartzo, determinaram os resultados dos testes preliminares solicitados pelo governo sul-africano.

Armadas com pás, picaretas e paus, milhares de pessoas juntaram-se, na última semana, nas encostas de uma colina situada no pequeno vilarejo de KwaHlathi, a mais de 300 quilómetros de Joanesburgo, no leste de Kwazulu-Natal.

As primeiras pedras misteriosas foram desenterradas por um pastor. As fotos nas redes sociais geraram entusiasmo, levando a crer que se tratavam de diamantes.

A corrida desenfreada levou o governo a enviar cientistas e especialistas em mineração para recolher amostras para análise. Os resultados, anunciados no domingo, 20, destruíram os sonhos de quem acreditava que poderia ficar rico ou acabar com a sua vida de miséria.

“Os testes revelaram que as pedras encontradas na área não são diamantes”, disse o governo local através de um comunicado. “Na verdade, são cristais de quartzo”, continuou, observando que o valor dessas pedras, ainda a ser avaliado, seria “muito baixo” em comparação com o dos diamantes.

De acordo com o relatório das autoridades locais, a área onde as pedras foram encontradas está localizada perto de uma rocha vulcânica chamada dolerito, “que não é uma área onde haja diamantes”. Os cristais de quartzo são mais comuns em uma bacia sedimentar conhecida como Supergrupo Karoo, que se estende por toda a extensão do local.

O afluxo de sul-africanos em busca de diamantes “destacou os desafios socioeconómicos que as pessoas enfrentam na região”, afirmou o governo local. Disse que queria responder às questões levantadas quando eles vieram, nomeadamente a qualidade das estradas e o acesso à água. Ao mesmo tempo, o governo reiterou o apelo à retirada da população do local, citando riscos ligados ao coronavírus e à degradação ambiental.

Fonte Le Monde/Redacção !STO É NOTÍCIA

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