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UE e EUA anunciam à margem do G20 na Índia apoio para desenvolver o Corredor do Lobito

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A União Europeia (UE) e os Estados Unidos da América (EUA) anunciaram, neste sábado, 9, na Índia, que vão apoiar a desenvolver o Corredor do Lobito, através do lançamento de estudos de viabilidade para uma nova expansão da linha ferroviária Greenfield entre a Zâmbia e Angola.

A decisão, anunciada ontem, à margem do evento da Parceria para Infra-estruturas e Investimentos Globais (PGII) no G20 — o grupo das 19 maiores economias do mundo mais a União Europeia —, visou saudar o recente compromisso assinado por Angola, Zâmbia e pela República Democrática do Congo (RDC) de desenvolver o Corredor do Lobito, que liga o sul da RDC e o noroeste da Zâmbia aos mercados comerciais regionais e globais através do Porto do Lobito, em Angola.

Na declaração conjunta dos EUA e da UE sobre o apoio a esse compromisso dos três países africanos, os dois grandes parceiros mundiais referem que a iniciativa de apoio “representa uma evolução poderosa do elemento Parceria para Infra-estruturas e Investimentos Globais, com uma abordagem colaborativa que poderia ser replicada noutros corredores estratégicos em todo o mundo”.

“A parceria EUA-UE irá modernizar infra-estruturas críticas em toda a África Subsariana, para desbloquear o enorme potencial desta região. Estamos entusiasmados por unir forças para gerar benefícios económicos com os nossos parceiros em Angola, na República Democrática do Congo e na Zâmbia”, afirma o comunicado emitido.

A parceria ora anunciada terá como finalidade combinar recursos financeiros e conhecimentos técnicos para acelerar o desenvolvimento do Corredor do Lobito, incluindo investimentos no acesso digital e nas cadeias de valor agrícolas que vão aumentar a competitividade regional.

O anúncio, de acordo com a nota da UE e dos EUA, mostra a Parceria para Infra-estruturas e Investimentos Globais (PGII) e a Global Gateway em acção, reunindo parceiros para financiar projectos multi-bilionários que vão ajudar a criar empregos locais, diminuir a pegada de carbono e melhorar as economias locais.

“Como próximo passo imediato, os Estados Unidos e a União Europeia apoiarão os governos no lançamento de estudos de pré-viabilidade para a construção da nova linha ferroviária Zâmbia-Lobito, desde o leste de Angola até ao norte da Zâmbia. Isto baseia-se no apoio inicial liderado pelos EUA para remodelar o troço ferroviário do porto do Lobito, em Angola, até à República Democrática do Congo”, lê-se no comunicado tornado público pela Embaixada dos EUA em Luanda.

A expectativa é que quando a infra-estrutura de transportes que liga os três países estiver totalmente operacional, o Corredor do Lobito aumente as possibilidades de exportação para a Zâmbia, Angola e a RDC, impulsionando a circulação regional de mercadorias, assim como promover a mobilidade dos cidadãos.

Ao reduzir significativamente o tempo médio de transporte, a nova ferrovia reduzirá os custos logísticos e as emissões de gases de efeito estufa resultante da exportação de metais, bens agrícolas e outros produtos, bem como para o desenvolvimento futuro de quaisquer descobertas minerais.

Os Estados Unidos e a União Europeia planeiam explorar a cooperação em três áreas específicas: investimentos em infra-estruturas de transporte; medidas para facilitar o comércio, o desenvolvimento económico e o trânsito; e apoio a sectores relacionados para fomentar o crescimento económico inclusivo e sustentável e o investimento de capital em Angola, na Zâmbia e na República Democrática do Congo a longo prazo.

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