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Ucrânia e México entre os países com mais jornalistas mortos em 2022

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Pelo menos 68 profissionais da comunicação social foram assassinados em todo o mundo no exercício das suas funções em 2022, mais 21 do que em 2021, indica o relatório anual da Federação Internacional dos Jornalistas (FIJ) esta terça-feira, 7, divulgado.

Segundo o documento, os países mais perigosos para o exercício da profissão e em que foram assassinados mais profissionais foram a Ucrânia (12), México (11), Haiti (sete), Paquistão (cinco), Colômbia e Filipinas (ambos com quatro).

No relatório, a FIJ dá conta dos nomes de 387 jornalistas e outros profissionais de imprensa que estão actualmente detidos em prisões, o maior número desde que a FIJ começou a publicar as listas de profissionais presos, o que acontece desde o Dia Internacional dos Direitos Humanos, há dois anos.

China e Hong Kong lideram a lista, com 84 detidos, à frente de Myanmar (ex-Birmânia) com 64, Turquia (51), Irão (34) e Bielorrússia (33).

“O relatório não é apenas sobre os níveis de violência contra jornalistas e outros profissionais de imprensa indicados pelo grande número de ataques contra eles, mas também sobre as causas subjacentes”, disse o secretário-geral da FIJ, Anthony Bellanger.

“Os pormenores contidos neste relatório servem como prova da variedade de ameaças, actos reais de violência e da cultura de impunidade que explicam a persistente crise de segurança no jornalismo”, acrescentou.

A FIJ sublinha que a falta de acção e vontade política para enfrentar a impunidade por crimes cometidos contra jornalistas está a contribuir para a actual crise de segurança nos media, pelo que pediu a realização de uma Convenção Internacional nas Nações Unidas dedicada à protecção de todos os profissionais da comunicação social.

Fundada em 1926 e com sede em Bruxelas, a FIJ é a maior organização de jornalistas do mundo, representando mais de 600.000 profissionais de 187 sindicatos e associações em mais de 140 países.

LUSA

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