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Turquia quer ajudar a “reforçar a independência” do Níger

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A Turquia afirmou hoje que pretende ajudar o Níger a “reforçar a sua independência”, depois de Niamey ter anunciado a sua retirada da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO).
“O Presidente Erdogan manifestou o apoio da Turquia às medidas tomadas pelo Níger para reforçar a sua independência política, militar e económica”, declarou a Presidência turca após um encontro em Ancara entre o Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, e o primeiro-ministro do Níger, Ali Mahamane Lamine Zeine, nomeado pelo regime militar no poder em Niamey.
A Turquia diz querer impulsionar o comércio com o Níger, que anunciou na terça-feira – depois do Mali e do Burkina Faso — a sua retirada da CEDEAO, uma decisão com consequências potencialmente profundas para a sua economia e estabilidade política.

A CEDEAO tem tentado, em vão, fazer com que os civis regressem ao poder o mais rapidamente possível em Niamey, Bamako e Ouagadougou, onde golpes de Estado derrubaram presidentes eleitos.

De acordo com a Presidência turca, Erdogan declarou que “a Turquia opõe-se às intervenções militares estrangeiras que vitimam o povo do Níger e continuará a fazê-lo”.

Ancara, que alargou a sua presença no Sahel e pretende aumentar ainda mais a sua influência, nomeadamente aproveitando a saída forçada da França, adotou uma atitude conciliatória com os militares que tomaram o poder no Níger na sequência de um golpe de Estado em 26 de julho de 2023.

Ancara está a acompanhar de perto a situação no Níger, um país do Sahel situado na fronteira sul da Líbia, onde a Turquia tem muitos interesses.

LUSA

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