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Taxistas oficializam paralisação das actividades nos dias 25 e 26 de Março

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Tal como haviam manifestado, recentemente, o interesse em paralisar toda a actividade, a União de Cooperativas e Associações de Taxistas e Moto-taxistas de Luanda oficializaram, nesta terça-feira, 19, em comunicado, a interrupção dos seus serviços nos dias 25 e 26 de Março.

Segundo uma nota de imprensa, a que este portal teve acesso, os representantes das cooperativas e associações reuniram-se e deliberaram avançar com a paralisação, apontando a falta de resposta das autoridades às suas preocupações, como a retirada dos cartões de subsídio à gasolina sem ouvir as cooperativas e associações, como uma das razões.

Além da retirada dos subsídios à gasolina, a ausência de pontos de ‘paragens de táxis na província de Luanda’; ‘a falta de actualização de rotas’; ‘a não legalização dos táxis gira-bairros’ e dos ‘lotadores’, assim como a não ‘implementação do Decreto Presidencial 123/22’ — que estabelece o regime jurídico aplicável ao exercício das actividades de taxistas e moto-taxistas —, são apresentados pelos taxistas como pontos que desencadearam a presente decisão.

Recorde-se que, no pretérito dia 8 de Janeiro do corrente ano, os representantes das cooperativas e associações reuniram com as autoridades provinciais para apresentar as reivindicações sem, no entanto, terem chegado a consenso.

O desencontro deu lugar a que se começasse a pensar na possibilidade de paralisação das actividades de táxis e moto-táxis, em sinal de repúdio e por entenderem que não havia reconhecimento dos seis pontos que constituem as principais preocupações reencaminhadas ao Governo Provincial de Luanda, no dia 11 de Março.

Em declarações à Lusa, António Freitas, representante desta estrutura, que congrega quatro cooperativas e três associações, lamentou a retirada da subvenção à gasolina sem que estes profissionais tivessem sido ouvidos, tendo defendido uma solução alternativa aos cartões de combustíveis.

O governo iniciou, em Junho de 2023, a retirada gradual do subsídio aos combustíveis, que começou pela gasolina, isentando, porém, algumas actividades económicas.

Agricultores e pescadores artesanais, taxistas e moto-taxistas eram beneficiários dessa isenção (que termina já a 30 de Abril do corrente), através de cartões com um plafond diário de sete mil kwanzas para cobrir o diferencial entre os 160 kwanzas por litro, que custava a gasolina, e os actuais 300 kwanzas.

“Queremos subvenções, mas não através dos cartões. Isso foi só um grande negócio”, criticou António Freitas, acrescentando que há mais de sete mil cartões por entregar aos taxistas, que ficaram nas administrações municipais.

Noutros casos, continuou, “os cartões vinham vazios (sem plafond)” ou ficavam até três meses sem serem carregados.

“O que queremos saber é onde ficou esse dinheiro”, enfatizou, sublinhando que o colectivo estava aberto ao diálogo até ao dia 18 do corrente mês. Como não houve tal pronunciamento das autoridades, deu-se início aos preparativos da greve.

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