SIC detém cidadã sul-africana no Aeroporto Internacional 4 de Fevereiro com mais de dez quilogramas de cocaína

O Serviço de Investigação Criminal (SIC) deteve, no Aeroporto Internacional 4 de Fevereiro, uma jovem de nacionalidade sul-africana com mais de dez quilogramas de cocaína, que estavam escondidos numa mala de viagem.

Segundo uma nota de imprensa do SIC, trata-se de uma jovem de 26 anos de idade, apanhada quando tentava embarcar para a República de Moçambique, com a mercadoria proveniente do Brasil.

Nos últimos meses, tem-se crescimento o número de casos de tráfico de droga entre o Brasil e Angola. Recorde-se que, há pouco mais de um mês, a polícia brasileira deteve duas mulheres, de 45 e 25 anos, quando tentavam viajar para Luanda com 18,5 kg de cocaína nas bagagens a partir do Aeroporto Internacional do Recife.

No princípio do corrente mês, o porta-voz do SIC-Geral, superintendente-chefe Manuel Halaiwa, contou ao Novo Jornal que o Aeroporto Internacional 4 de Fevereiro continua a ser a rota escolhida pelos narcotraficantes para entrada de cocaína em Angola, e países como Brasil e África do Sul são os que mais têm recrutado as chamadas mulas para trazerem as drogas para Luanda.

Segundo o SIC, as cidades de Joanesburgo, na África do Sul, e de Guarulhos, região metropolitana de São Paulo, no Brasil, são as fontes da cocaína que dá entrada em Angola.

Conforme o SIC, o Aeroporto Internacional 4 de Fevereiro é apenas a rota de passagem dos narcotraficantes de drogas, onde muitas mulas acabam detidas.

Mulas são pessoas usadas por traficantes para transportar a droga ilegalmente, mediante pagamento ou coacção, e usam diversos artifícios para o transporte, às vezes o próprio corpo.

Manuel Halaiwa contou que quase todas as semanas são detidos no Aeroporto Internacional 4 de Fevereiro transportadores de drogas, uns com maior quantidade, outros com menor.

“Em coordenação operativa com outras forças do sistema de segurança, o SIC deteve de Fevereiro a Junho deste ano, 17 cidadãos angolanos e estrangeiros implicados no tráfico de drogas”, detalhou.