SIC alerta para sequestro de contas no WhatsApp. Criminosos estão a fazer-se passar por funcionários de empresas públicas e bancos comerciais
O Serviço de Investigação Criminal (SIC) lançou, nesta sexta-feira, 9, um alerta para esquemas de furto de dados de acesso às contas do WhatsApp envolvendo falsos funcionários de alguns bancos e empresas públicas.
Segundo uma nota de imprensa do SIC-Geral, enviada à redacção deste portal, entre as empresas usadas no esquema estão a Unitel, a ENDE, a EPAL e dois bancos (o BAI e o BFA), sendo que os criminosos agem sob pretexto de estarem a tratar da actualização de dados, solicitando aos clientes elementos que dão acesso ilegítimo à sua conta da rede social WhatsApp.
O problema, reforça SIC, agrava-se quando, a partir desta conta, os criminosos têm acesso a outros dados, como, por exemplo, de contas bancárias, imagens íntimas que permitem chantagens ou, entre outros, fazer pedidos de dinheiro a “amigos” ou “familiares”.
De acordo com órgão de investigação, nos últimos dias, várias pessoas viram as suas contas da rede social WhatsApp sequestradas, depois de terem recebido chamadas e seguirem as instruções dos criminosos para fornecerem os seus códigos durante a conversa.
Ainda na nota, assinada pelo director de comunicação institucional e imprensa do SIC-Geral, o superintendente-chefe Manuel Halaiwa, refere-se que várias pessoas foram também alvo de burla ao acederem aos falsos formulários de actualização do aplicativo bancário “BAI Directo”.
“Os criminosos praticaram outros crimes, como extorsão online, chantagem, furtos em contas bancárias e burlas, pois introduziram-se na vida particular, íntima e reservada das pessoas”, lê-se.
Os cidadãos que comunicaram ao SIC, ressalta o documento, “tão logo sofreram esses ataques viram as suas contas recuperadas, por meio de acções de inteligência criminal”.
“Estas mensagens e chamadas são uma tentativa de phishing, que é uma técnica de fraude online para aceder, de forma ilegítima, a senhas de banco e outras informações pessoais”, alerta o SIC.
Em conclusão, o SIC alerta os cidadãos para não atenderem a chamadas deste tipo, nem tampouco fornecerem quaisquer dados a terceiros, reforçando que “em caso de dúvida o melhor é contactar directamente o fornecedor do serviço”.