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Senegal. Presidente da República rompe com Idrissa Seck após candidatura às eleições

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O Presidente senegalês, Macky Sall, oficializou hoje a sua rutura com um dos seus principais aliados na coligação governamental, o antigo primeiro-ministro Idrissa Seck, que anunciou recentemente a sua candidatura presidencial às eleições de 2024.

Idrissa Seck, de 63 anos, chefe de governo entre 2002 e 2004 sob a Presidência de Abdoulaye Wade, ficou em segundo lugar, atrás de Sall nas eleições presidenciais de 2019.

Em Novembro de 2020 abandonou a oposição para se juntar à coligação presidencial e foi posteriormente nomeado presidente do Conselho Económico, Social e Ambiental (CESE), uma instituição consultiva.

O seu partido também passou a integrar o governo, onde tinha duas pastas.

O Presidente Sall “deu por findas” as funções de Seck como chefe do CESE e as de Yankhoba Diatara, ministro dos Desportos, e Aly Saleh Diop, ministro da Pecuária, segundo um comunicado oficial enviado à agência France-Presse.

Seck foi substituído na direcção do CESE por um antigo ministro das Finanças, Abdoulaye Daouda Diallo, que foi chefe de gabinete do Presidente Sall.

O primeiro-ministro Amadou Bâ irá, “cumulativamente com as suas funções”, dirigir os ministérios do Desporto e da Pecuária, segundo o comunicado presidencial.

O antigo primeiro-ministro Seck tinha anunciado no sábado a sua saída do CESE, bem como a saída do seu partido da coligação presidencial e a demissão dos dois ministros do governo, depois de ter declarado a 14 de Abril a sua candidatura às eleições presidenciais.

O Presidente Sall, eleito em 2012 e reeleito em 2019, mantém o silêncio sobre as suas intenções relativamente à eleição presidencial agendada para Fevereiro de 2024, para a qual já se declararam cerca de 20 candidatos.

Os seus opositores consideram que Sall está impedido constitucionalmente de concorrer a um terceiro mandato.

LUSA

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