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Semana horrible. Novo vídeo ‘escandaloso’ no Lubango mostra efectivo da PN a tentar abater manifestantes à queima-roupa

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Depois do vídeo em que aparecem efectivos da Polícia Nacional (PN) e três elementos a civil a dispararem à queima-roupa contra os manifestantes no bairro de São Pedro, zona alta da cidade do Huambo, nesta quinta-feira, 8, voltou a viralizar um outro nas redes sociais em que o episódio se repete.

O novo caso dá-se nos arredores da cidade do Lubango, na província da Huíla, mais concretamente na zona do Chioco, e retrata a actuação repressiva de uma dezena de efectivos da PN contra alguns jovens moto-taxistas que se manifestavam naquela circunscrição.

Num determinado instante do vídeo, um dos efectivos manipula a arma do tipo AKM e faz um disparo no ar para afastar as pessoas. Porém, alguns se assustam, mas a esmagadora maioria parece não fazer caso algum. Logo de seguida, em resposta, é arremessada uma pedra, que, só por centímetros, não atinge nenhum dos elementos das forças de defesa e segurança e os próprios manifestantes.

Enfurecido, o efectivo que há instantes havia manipulado a arma e realizado o disparo, empreende uma perseguição a pé (tal como retrata a imagem) ao infractor e tenta abatê-lo à queima-roupa a uma distância aproximada de 200 metros, disparando em rajada vários tiros.

O vídeo não permite aferir se algum dos jovens em fuga teria sido ou não atingido. No entanto, de seguida, ouvem-se vários apelos por parte de outros jovens, no sentido dos manifestantes não atirarem mais pedras.

É também nesse mesmo momento em que um outro efectivo da PN profere uma ‘grave ameaça’ a um dos jovens que está ali ao lado, mas cujo rosto não é possível vislumbrar:

“Vou te dar directo da cabeça. Estás a brincar, né? Vou-te dar directo da cabeça, caral***. Vou-te estender”, avisa o agente, empunhando uma arma do tipo Sterling.

Até ao momento, ninguém das forças de defesa e segurança se pronunciou sobre a gravidade do incidente, e, mesmo a nível governo local, tudo parece ter ocorrido dentro da mais pura normalidade.

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