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Sector primário alberga mais de 50% da população empregada

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Do total da população angolana que tem um emprego, mais de metade (54,2%) trabalha no sector primário, composto pelas áreas da agricultura, produção animal, caça, floresta e pesca, sendo que um em cada três cidadãos empregados trabalha por conta própria, revelam os dados do Inquérito ao Emprego (IEA), publicado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

No relatório sobre o Índice de Emprego no terceiro trimestre do corrente ano, o INE descreve que a maioria da população angolana empregada trabalha por conta própria, sendo o emprego informal o mais optado, representando 81,1% da população empregada, isto é, cerca de 8,6 milhões de pessoas.

Segundo o documento, no terceiro trimestre do ano em curso, a população desempregada foi estimada em 5.517.016 pessoas, um aumento de 11,2% (556.854 pessoas) em relação ao segundo trimestre e, consequentemente, um acréscimo na taxa de desemprego de 2,5 pontos percentuais, passando de 31,6%, no segundo trimestre, para 34,1%, no terceiro trimestre.

A população economicamente activa, a partir dos 15 anos de idade, foi estimada em 16.2 milhões de pessoas, sendo 7,8 homens e 8,4 milhões mulheres. Já a taxa de actividade da população foi estimada em 91,8%, sendo a dos homens (92,3%) mais elevada do que a das mulheres (91,3%).

Em termos de variação trimestral, no período em apreciação, a população economicamente activa aumentou 3,1%, face ao segundo trimestre que corresponde a 490.132 pessoas.

“Esta variação resultou na diminuição da população empregada (66 722 pessoas) e no aumento da população desempregada (556 854 pessoas)”, explica o documento.

A taxa de actividade da população, salienta o INE, situou-se em 91,8%, tendo aumentado 1,6 pontos percentuais face ao segundo trimestre, que corresponde a uma variação relativa de 1,7%.

“A taxa de actividade dos homens aumentou 1,5 pontos percentuais e das mulheres aumentou 1,6 pontos percentuais”, lê-se no relatório. Os dados do Inquérito ao Emprego em Angola (IEA) foram apresentados no passado dia 19, em Luanda.

Bernardo Pires

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