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TOPSHOT – CORRECTION – This screen grab from a handout footage provided by the Moscow City Court press service shows Russian opposition leader Alexei Navalny, charged with violating the terms of a 2014 suspended sentence for embezzlement, gesturing a heart shape from inside a glass cell during a court hearing in Moscow on February 2, 2021. (Photo by Handout / Moscow City Court press service / AFP) / RESTRICTED TO EDITORIAL USE – MANDATORY CREDIT “AFP PHOTO / Moscow City Court press service / handout” – NO MARKETING – NO ADVERTISING CAMPAIGNS – DISTRIBUTED AS A SERVICE TO CLIENTS / “The erroneous mention[s] appearing in the metadata of this photo has been modified in AFP systems in the following manner: [correcting byline to handout]. Please immediately remove the erroneous mention[s] from all your online services and delete it (them) from your servers. If you have been authorized by AFP to distribute it (them) to third parties, please ensure that the same actions are carried out by them. Failure to promptly comply with these instructions will entail liability on your part for any continued or post notification usage. Therefore we thank you very much for all your attention and prompt action. We are sorry for the inconvenience this notification may cause and remain at your disposal for any further information you may require.”

Rússia. Alexei Navalny foi transferido para prisão conhecida pelos maus-tratos

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Alexei Navalny, o destacado opositor do governo russo, confirmou, nesta quarta-feira, 15, que foi transferido para outra prisão, mais longe da cidade de Moscovo do que a anterior e conhecida pelos maus-tratos infligidos aos detidos, noticiou a Agence France Presse (AFP).

“Olá a todos do sítio (prisão) com regime severo. Ontem (terça-feira) fui transferido para IK-6 +Melekhovo+, um estabelecimento prisional localizado a cerca de 250 quilómetros a leste de Moscovo”, escreveu Navalny na sua página do Instagram.

A confirmação da transferência de estabelecimento prisional do activista russo, de 46 anos, surge um dia depois de apoiantes seus terem alertado que este tinha desaparecido da prisão em que se encontrava a cumprir pena e que o seu paradeiro era desconhecido.

O estabelecimento prisional de IK-6 +Melekhovo+ fica localizado perto da cidade de Vladimir e tem motivado várias investigações jornalísticas, devido a alegados maus-tratos a detidos.

Em Maio, Kira Iarmych, porta-voz de Navalny já tinha alertado para o facto de esta prisão ser “uma das mais assustadoras da Rússia”, assegurando que “os detidos estão a ser torturados e mortos lá”.

Alexei Navalny, o político que mais fez frente ao Presidente russo Vladimir Putin, foi detido em Janeiro de 2021 depois de retornar da Alemanha, onde estava a recuperar de um envenenamento induzido por um agente nervoso que, segundo o mesmo, foi planeado pelo Kremlin.

Na altura, foi condenado a uma pena de prisão de dois anos e meio por violação da liberdade condicional.

Em Março, o político e activista foi ainda sentenciado a nove anos de prisão por fraude e desrespeito pelo tribunal, acusações estas que foram encaradas por Navalny como motivadas politicamente e como uma tentativa de o manter aprisionado pelo máximo de tempo possível.

O juiz ordenou que o crítico do governo russo cumprisse a nova pena numa prisão de segurança máxima, para a qual seria transferido depois de ter perdido o recurso em tribunal no início de junho.

Navalny estava a cumprir pena na colónia penal de Pokrov, a 100 quilómetros de Moscovo, considerada já uma das mais “duras” da Rússia.

Com o reforço da pena de Navalny, seguiu-se ainda uma nova onda de repressão por parte do Kremlin contra os apoiantes do opositor russo, bem como contra outros activistas de oposição ou jornalistas independentes, numa tentativa de abafar as dissidências políticas.

Alguns dos principais apoiantes de Navalny já enfrentaram acusações criminais e viram-se obrigados a deixar o seu país.

A infra-estrutura política dos apoiantes de Navalny, constituída por uma fundação anti-corrupção e uma rede de escritórios regionais, também foi destruída depois de ser identificada como organização extremista.

O nome de Navalny e de outros associados aparecem agora no registo de terroristas e de extremistas da Rússia.

*Texto Lusa

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