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Robustez da economia não petrolífera leva consultora Oxford Economics a rever em alta o PIB angolano para mais de 3% este ano

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A consultora Oxford Economics reviu, esta segunda-feira, 15, em alta a previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) angolano, antevendo agora uma expansão superior a 3%, acima dos 2,3% que previa no lançamento anterior.

“O crescimento económico de Angola no primeiro trimestre foi muito melhor do que o esperado”, argumentam os analistas do departamento africano desta consultora britânica, num comentário à evolução da economia nos primeiros três meses deste ano.

Na nota enviada aos seus clientes e citada pela Lusa, aqueles analistas apontam que “além da forte recuperação da produção petrolífera, que era esperada, a economia [angolana] não petrolífera foi surpreendentemente robusta face à elevada inflação e à redução dos subsídios aos transportes”.

Assim, concluem, “este dinâmico primeiro trimestre, se não for revisto na próxima divulgação dos números do PIB, sugere que o crescimento económico de Angola para o total de 2024 pode ser maior que 3%, o que compara com a previsão actual de 2,3%”.

A Folha de Informação Rápida (FIR) do Instituto Nacional de Estatísticas (INE), referente às Contas Nacionais do I trimestre de 2024, comparativamente ao trimestre anterior, indica que o PIB cresceu 4,6% face ao período homólogo de 2023.

O PIB no primeiro trimestre deste ano totalizou 18,3 mil milhões kwanzas, sendo 180 milhões kwanzas derivado dos impostos sobre produtos líquidos de subsídios.

As actividades que mais contribuíram para o desempenho da actividade económica neste período, segundo o INE, foram a extracção e a refinação do petróleo bruto e gás natural, com 30,4%, e o comércio (26,8%).

Estes números positivos levaram o secretário de Estado para o Planeamento, Luís Epalanga, a prever uma expansão de 3% para o segundo trimestre e também para o total do ano, salientando, no entanto, que os dados sobre o desempenho do sector não petrolífero, nomeadamente agricultura, pesca, diamantífero e indústria, no segundo trimestre deste ano, ainda estão em fase de conclusão.

Segundo Luís Epalanga, essencialmente desde Maio que se vem assistindo a um impacto positivo, sobretudo do sector produtivo, com destaque para a agricultura, na trajectória da inflação.

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