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Ricardo D’Abreu sobre as denúncias de Rafael Marques: “Espero que a justiça cumpra a sua missão”

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O ministro dos Transportes, Ricardo Viegas D’Abreu, recusou-se, nesta quarta-feira, 17, a fazer qualquer comentário a respeito do pedido de investigação ao negócio da aquisição de dois prédios em Luanda, autorizada pelo Presidente João Lourenço, para a instalação do departamento ministerial de que é titular e da Agência Reguladora de Certificação de Carga e Logística de Angola, após o jornalista e activista Rafael Marques ter formalizado uma denúncia junto da Procuradoria-Geral da República (PGR).

Ricardo de Abreu, que falava à imprensa na província do Zaire, aquando do lançamento do concurso internacional de concessão, construção, exploração e gestão comercial das Plataformas Logísticas do Soyo e do Luvo, limitou-se a dizer à imprensa que espera que a justiça cumpra a sua missão.

“Não temos que comentar aquilo que a imprensa ou alguma imprensa se refere em relação a alguns actos do Presidente da República. Os órgãos de justiça nacionais sabem o que têm de fazer e trabalhar dentro daquilo que são as normas em vigor no nosso país”, disse o governante, no município do Soyo, quando convidado a comentar sobre a denúncia entregue há uma semana à PGR.

Sob argumento de que se trata de “um negócio potencialmente lesivo” para o interesse do Estado, o jornalista Rafael Marques colocou em causa a compra do edifício Welwitschia Business Center (WBC), no valor de 114 milhões de dólares norte-americanos, ao “amigo de infância” do ministro Ricardo Viegas d’Abreu.

No pedido de investigação em forma de denúncia, Rafael Marques apresentou como argumentos “a inadequabilidade de um dos imóveis para a função que se pretende” — o edifício WBC é composto por 11 andares, sendo os dois últimos ocupados por dois apartamentos de luxo —, o valor “empolado e excessivo da compra e venda” e a “amizade e relações de compadrio entre o ministro e o vendedor, Ruca Van-Dúnem”.

O WBC é propriedade da Transporte de Carga a Granel, Lda. (TCG), empresa que foi constituída a 30 de Abril de 1992 e que tem como co-proprietário e director-geral Rui Óscar “Ruca” Ferreira Santos Van-Dúnem, conhecido nas lides musicais e artísticas como Ruca Van-Dúnem.

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