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Resultado de inquérito do INE aponta que situação económica do país e das famílias “piorou” e que vai continuar a agravar-se nos próximos 12 meses

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As famílias angolanas mostram baixas expectativas sobre a condição socioeconómica na qual estão mergulhadas e acreditam que a situação económica do país e o desemprego vão piorar até Setembro de 2024, revela um inquérito do Instituto Nacional de Estatística (INE).

O grau de cepticismo dos angolanos sobre a sua condição socioeconómica e do país vem descrito no ‘Inquérito de Conjuntura no Consumidor’ (ICC) referente ao terceiro trimestre de 2023, tornado público esta semana pelo INE.

O documento mostra que, há quatro trimestres consecutivos (desde o último trimestre de 2022), que o Indicador de Confiança dos Consumidores angolanos apresenta tendência negativa.

O INE refere, no entanto, que a tendência negativa deste indicador, no referido período, resultou da baixa expectativa dos consumidores em relação aos próximos 12 meses (até Setembro de 2024).

“A baixa expectativa dos cidadãos resulta da sua percepção sobre a situação económica do país, a situação financeira das famílias e o nível de desemprego”, avança o documento.

Segundo os entrevistados, citados na Folha de Informação Rápida (FIR) sobre o Inquérito de Conjuntura no Consumidor, nos últimos 12 meses o nível de desemprego e dos preços aumentou.

No entender dos inquiridos, a situação económica de Angola e das famílias piorou, e, segundo a FIR, perspectivam um aumento dos preços e dos bens e serviços nos próximos 12 meses.

Das famílias inquiridas, 25,7% afirmaram, com certeza absoluta, que é possível poupar dinheiro na actual situação económica do país, quando comparado com o trimestre homólogo, quando se registou um aumento de quatro pontos percentuais.

Em relação à compra de bens importantes, o inquérito “constatou que, aproximadamente, dois em cada 100 inquiridos afirmaram com certeza absoluta que tencionam comprar um carro nos próximos dois anos”.

Esta pretensão também registou um aumento de 0,9 pontos percentuais quando comparado com o trimestre homólogo.

Para estas estatísticas foi seleccionada uma amostra de 3.000 famílias das 18 províncias.

“No trimestre em análise, 49,8% dos inquiridos eram de idades compreendidas entre os 25 e 44 anos e os restantes tinham entre 15 e os 24 anos”, realça o INE.

Os inquéritos de conjuntura constituem o resultado das “profundas modificações” que o INE tem vindo a implementar no âmbito do Sistema Estatístico Nacional ligado às várias alterações que a economia tem atravessado ao longo dos anos.

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