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RDC. Catorze civis mortos após ataque das Forças Democráticas Aliadas no leste do país

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Catorze civis foram mortos no sábado, 25 de Junho, em dois ataques atribuídos às Forças Democráticas Aliadas (ADF, na sigla em inglês) no leste da República Democrática do Congo (RDC), onde operações militares congolesas e ugandesas estão a lutar para impor a paz, disseram fontes locais neste domingo, 26 de Junho.

“As ADF atacaram a localidade de Mamove no sábado de manhã. A portagem é de nove civis mortos: seis mulheres e três homens, duas outras pessoas estão feridas e duas casas foram queimadas”, disse Kinos Katuo, presidente da sociedade civil local.

“Alertámos o exército, mas até agora não foi lançada nenhuma ofensiva, deixando o inimigo livre para vaguear por aí a pilhar e a matar”, acrescentou ele.

No sábado à noite, “perdemos cinco civis, homens, mortos pelas ADF, no ataque ao (local) centro de Kisima-centro na estrada Beni-Kasindi”, que conduz à fronteira com o Uganda, disse Meleki Mulala da organização “Nouvelle société civile congolaise” no sector Rwenzori (Kivu do Norte, leste).

Os exércitos congolês e ugandês deviam assegurar o eixo Beni-Kasindi, onde as obras de construção desta estrada por uma empresa ugandesa decorriam ao abrigo de acordos assinados pelos dois países.

Desde o final de Novembro, os dois exércitos lançaram operações conjuntas para neutralizar a ADF, sem sucesso.

“As UPDF (Forças de Defesa Popular do Uganda) estão apenas a proteger os locais onde os dispositivos estão armazenados a cinco quilómetros de Kasindi”, disse à AFP Ricardo Rupande, presidente da rede de organizações da sociedade civil do sector ruenzori.

O exército convidou a população a “confiar” porque em breve, “a ADF inimiga será posta fora de acção”, disse à AFP o Coronel Charles Omeanga, administrador militar do território do Beni.

Apresentado pela organização estatal islâmica (EI) como a sua filial na África Central (ISCAP em inglês), o grupo ADF é acusado de ser responsável pelo massacre de milhares de civis na RDC e de ter cometido ataques jihadistas no Uganda.

*Texto Agence France Presse (AFP)

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