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Quénia. Sobe para 73 os corpos encontrados de alegados membros de seita

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O número de corpos encontrados pelas autoridades quenianas no caso da seita religiosa que praticava o jejum extremo, subiu para 73, segundo fontes policiais.

“Encontrámos 73 corpos na floresta até agora” e a busca por mais corpos “continuará terça-feira”, disse à agência France-Presse um agente da polícia envolvido na investigação.

A seita, denominada Igreja Internacional da Boa Nova, difunde a ideia de que o jejum é a via para encontrar Jesus Cristo.

O líder da seita, Paul Mackenzie Nthenge, foi detido a 15 de Abril.

Hoje, o Presidente do Quénia, William Ruto, prometeu endurecer as acções contra os cultos, que classificou como “terroristas”, que deturpam a religião, no seguimento da descoberta dos primeiros corpos.

“O que vimos em Shakahola [uma floresta perto da cidade de Malindi] é semelhante aos terroristas, que usam a religião para promover actos hediondos, e o que pessoas como o senhor Mackenzie estão a fazer é exactamente a mesma coisa”, disse William Ruto numa cerimónia de graduação de oficiais prisionais no centro do país.

No discurso, citado pela agência francesa de notícias, Ruto afirmou que tinha pedido às “agências responsáveis para investigarem o caso e chegar à raiz e ao fundo das actividades de pessoas que querem usar a religião para promover uma ideologia sombria e inaceitável”.

De acordo com a Cruz Vermelha queniana, “até agora 112 pessoas foram dadas como desaparecidas”.

Segundo relatórios da imprensa local, Makenzie Nthenge foi preso e acusado em Março, depois de duas crianças terem morrido à fome quando se encontravam ao cuidado dos seus pais.

Mais tarde, foi libertado sob fiança de 100 mil xelins quenianos (cerca de 670 euros).

LUSA

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