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Programa ‘Angola Investe’ deixou um ‘buraco financeiro’ de 20 mil milhões de kwanzas ao Fundo de Garantia

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Sessenta das 150 empresas que beneficiaram do apoio do extinto Programa Angola Investe, do Fundo de Garantia de Crédito (FGC), não actuaram conforme o esperado, provocando um ‘buraco financeiro’ à volta dos 20 mil milhões de kwanzas por recuperar.

A informação foi avançada, na última quinta-feira, pelo administrador executivo do Fundo de Garantia de Crédito, Eduardo Mohamed, durante um encontro de cooperação e de assinatura de acordos com a também administradora da Bolsa de Dívidas e Valores de Angola (BODIVA), Cristina Dias Lourenço.

Segundo Eduardo Mohamed, para o efeito e no quadro da recuperação dos activos ligados aos sectores da agricultura, indústria e pescas, o Fundo de Garantia de Crédito tem traçado um programa de três anos para o pagamento dos accionados dos bancos comerciais.

“Vamos primeiro pagar os accionamentos dos bancos e depois recuperar de forma conjunta com a banca e usarmos a plataforma da BODIVA para voltarmos a capitalizar e recapitalizar mais empresas e torná-las ainda mais viáveis”, adiantou o responsável.

Acordo com a BODIVA

Nesse mesmo encontro, um memorando de entendimento entre o Fundo de Garantia de Crédito (FGC) e a Bolsa de Dívida e Valores de Angola (BODIVA) foi assinado.

Com esse documento, as Pequenas e Médias Empresas (PME) serão beneficiadas com um montante de cinco milhões de dólares norte-americanos e uma cobertura de risco de até 75%, de acordo com o administrador para Negócios do FGC.

O FGC vai emitir garantias públicas a favor das entidades que venham a emitir obrigações clássicas e obrigações sustentáveis por via do mercado de capitais, sendo que as partes vão, igualmente, realizar acções de capacitação dos gestores das empresas associados às Pequenas Médias Empresas (PME) sobre financiamento por via do mercado de capitais e boas práticas de governação corporativa.

Por sua vez, a administradora executiva da BODIVA, Cristina Dias Lourenço, avançou que a instituição está dividida em vários segmentos de mercado, sendo o segmento de Pensões, de Agregações em Mercado de Bolsa e em Mercado de Balcão.

O segmento das PME, que foi lançado em Outubro do ano passado, acrescentou, veio para flexibilizar aquilo que são os requisitos de admissão das Pequenas e Médias Empresas angolanas no mercado, com o sentido de terem a possibilidade de emitir também acções e obrigações.

“Vamos encaminhá-las como temos feito com as grandes empresas. Vamos explicar aquilo que são os requisitos de admissão para a BODIVA e encaminhá-las para os intermediários financeiros que as ajudarão na preparação das suas emissões”, concluiu.

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