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Produção petrolífera tombou 3,6% e fez recuar receitas em mais de 20% em 2023

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A produção petrolífera de Angola caiu 3,6% no ano passado face a 2022, para 1,09 milhões de barris diários, contribuindo para a queda das exportações e consequente ‘afundanço’ da captação de receitas (-21,3%), de acordo com os dados preliminares avançados nesta quarta-feira, 24, pelo secretário de Estado para os Petróleos e Gás, José Barroso.

O país exportou 386,42 milhões de barris de petróleo bruto em 2023, ao preço médio de 81,3 dólares norte-americanos por barril, tendo arrecadado 31,4 mil milhões de dólares.

No ano anterior, o país tinha exportado aproximadamente 391,92 milhões de barris de petróleo bruto, comercializado ao preço médio de 101 dólares por barril, perfazendo um valor bruto de cerca de 39,9 mil milhões de dólares norte-americanos.

A China, que absorveu cerca de 57% das exportações petrolíferas angolanas, voltou a ser o principal destino do crude angolano em 2023.

Quanto ao último trimestre de 2023, foram exportados neste período 103,1 milhões de barris de petróleo avaliados em aproximadamente 8,63 mil milhões de dólares norte-americanos.

De acordo com José Barroso, a extensão dos cortes de produção definidos pela Arábia Saudita e a Rússia até final de 2023, os conflitos armados entre Israel e o Hamas e entre a Rússia e a Ucrânia contribuíram para a tendência decrescente do preço do petróleo.

Sobre o sector do gás, o governante disse que foram exportadas mais de um milhão de toneladas métricas de gás, nos últimos três meses de 2023, um volume que correspondeu a um valor bruto de 650,87 milhões de dólares.

José Barroso observou que, apesar das exportações de gás realizadas no trimestre em análise representarem uma diminuição em relação ao trimestre anterior, o valor resultante da comercialização revelou-se superior em cerca de 5,05% “em consequência do aumento dos preços do gás no mercado internacional”.

Pelo menos 4,56 mil toneladas métricas de gás saiu de Angola para o exterior, em 2023, representando um aumento de 6,68% comparativamente ao ano de 2022.

No mesmo período, a Índia surge como o principal destino do gás angolano, com cerca de 54,48% do total exportado.

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