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Portugal reage com nota de repúdio à “expulsão arbitrária” da equipa da RTP no Palácio Presidencial em Luanda

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As direcções da Rádio e Televisão de Portugal (RTP), emissora pública portuguesa, manifestou-se, nesta quarta-feira, preocupada com a “expulsão da equipa” destacada para cobrir um evento no Palácio Presidencial da Cidade Alta, em Luanda.

A ‘Nota de protesto’, assinada pelos directores de Informação da RTP, António José Teixeira, da RDP, Mário Galego, e a directora da RTP África, Isabel Silva Costa, considera que a decisão do governo angolano em relação à equipa de jornalistas “representa um atentado à liberdade de imprensa e uma violação flagrante dos princípios fundamentais do jornalismo e da democracia”.

“Apesar de estarem devidamente credenciados e no exercício legítimo da sua função jornalística, os profissionais da RTP foram retirados da sala de imprensa, numa acção selectiva e discriminatória que contrasta com a permanência de outros jornalistas”, refere a Nota de Protesto.

A decisão do governo angolano é também extensiva às redes sociais, já que a emissora pública portuguesa foi também excluída do grupo de Whatsapp do Centro de Imprensa da Presidência (CIPRA), meio oficial através do qual é divulgada da agenda institucional do executivo.

A RTP entende que a decisão da Presidência angolana “revela uma tentativa inaceitável de silenciar a liberdade de expressão num país que se diz comprometido com os valores democráticos”.

Na nota de repúdio, diretores editoriais manifestam solidariedade para com os profissionais da emissora pública portuguesa e exigem “o respeito pleno pelos direitos dos jornalistas, a reposição das condições de trabalho”, bem como “o fim das práticas de exclusão política no acesso à informação de interesse público”.

“A liberdade de imprensa não é uma concessão. É um direito inalienável em qualquer sociedade democrática”, conclui a nota da RTP.

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