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Polícia prende líderes sindicais por protesto contra violações dos direitos trabalhistas na TCUL

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Quatro líderes sindicais e um trabalhador da empresa de Transporte Colectivo e Urbano de Luanda (TCUL) foram, na segunda-feira, 29, detidos por efectivos da Polícia Nacional, quando realizavam uma greve de fome de 72 horas defronte aos escritórios centrais da entidade patronal, na Maianga, a fim de protestarem contra a anulação unilateral de contratos de mais de 50 trabalhadores.

Os funcionários, que reclamam das constantes violações dos direitos dos trabalhadores na TCUL, a perseguição religiosa em relação aos trabalhadores adventistas e os despedimentos ilegais, foram detidos por volta das 10h00 e postos em liberdade perto das 16h00 do mesmo dia, de acordo com informações avançadas à imprensa.

O primeiro-secretário da CGSILA na TCUL, Domingos Palanga, considerou a detenção “ilegal”, tendo justificado com o facto de terem notificado com antecedência o Comando Provincial da Polícia Nacional e o Governo Provincial de Luanda, para que tivessem conhecimento da actividade que foi levada a cabo.

O representante sindical explicou que os trabalhadores optaram pela greve de fome para não prejudicar a empresa, já que, no seu entender, uma paralisação geral dos trabalhos seria mais prejudicial e afectaria os utentes dos serviços da empresa.

A Comissão Sindical da CGSILA na TCUL acusa o actual presidente do Conselho de Administração, Catarino Eduardo César, de estar a violar a liberdade religiosa, por obrigar os trabalhadores adventistas a trabalharem nos dias de sábado, que para os fiéis é um dia reservado para a adoração a Deus.

Domingos Palanga considerou como “furto” o facto de a entidade patronal estar a retirar 1% do salário de cada trabalhador para fins de quota sindical, quando o órgão de tutela não canaliza os salários descontados aos trabalhadores.

O sindicalista avisou que, se a empresa continuar a perseguir e despedir os trabalhadores, serão paralisados todos os serviços na TCUL na primeira quinzena de Dezembro.

Constam também das reivindicações daquela força sindical a obstrução permanente e abusiva ao livre exercício da actividade sindicalista na TCUL.

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