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Manifestantes invadem Congresso, STF e Palácio do Planalto.

Polícia do Distrito Federal criticada por não evitar “ataques terroristas”. Polícias escoltaram e conversaram com bolsonaristas

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A Polícia Militar do Distrito Federal do Brasil foi alvo de críticas por não ter evitado, no domingo, 8, os ataques terroristas ao Palácio do Planalto, Congresso Nacional e Supremo Tribunal Federal (STF). O Presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva chegou a dizer que “houve incompetência, má vontade ou má-fé” por parte da corporação.

Imagens mostram policiais a escoltarem os bolsonaristas radicais até à Esplanada dos Ministérios e também a conversarem  com manifestantes.

Em outro vídeo, um grupo de cerca de dez polícias militares aparece a filmar com o celular o ataque ao Congresso. Enquanto radicais subiam a rampa e depredavam o prédio, os polícias aguardavam parados ao lado de viaturas, sem nenhuma acção para conter a acção extremista.

O governador do Distrito Federal (DF), Ibaneis Rocha, admitiu que houve falhas e pediu desculpas pela invasão às sedes dos Três Poderes, o que chamou de “inaceitável”.

Segundo Rocha, o governo do DF monitorizava os movimentos de bolsonaristas junto do Ministério da Justiça desde sábado (7), mas que não acreditava que as manifestações tomariam essas proporções.

Ao decretar intervenção federal na segurança pública do Distrito Federal, Lula ressaltou que quem tem que fazer a segurança do Distrito Federal é a Polícia Militar do Distrito Federal, mas não o fez.

“Houve, eu diria, incompetência, má vontade ou má-fé das pessoas que cuidam da segurança pública do DF”, afirmou Lula.

Lula citou as imagens que mostram os polícias “guiando as pessoas na caminhada até à Praça dos Três Poderes” e disse que os polícias que “participaram disso não poderão ficar impunes e não poderão participar da corporação porque não são de confiança da sociedade brasileira”.

O Presidente brasileiro ainda criticou a actuação do então secretário de Segurança Público do Distrito Federal, Anderson Torres, que foi ministro da Justiça de Jair Bolsonaro: “Todo o mundo sabe a fama dele de ser conivente com as manifestações. Então, a intervenção vai cuidar disso”.

Reforço dos estados

Em uma rede social, o governador de Alagoas, Paulo Dantas (MDB), classificou de “inadmissível e criminosa a acção dos extremistas bolsonaristas” e afirmou ser “necessário apurar se houve omissão ou conivência por parte de quem tinha a obrigação de coibir a acção”.

Dantas disse ainda que entrou em contacto com a Casa Civil e colocou as forças policiais do estado à disposição caso seja preciso reforçar a actuação da Força Nacional.

O governador do Piauí, Rafael Fonteles (PT), também disse estar “à plena disposição do Governo Federal para ajudar na retomada da ordem e da normalidade democrática”.

G1

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