Paulo Flores no Vaticano pede ao Papa Francisco bênção para Angola
O músico angolano Paulo Flores pediu, esta sexta-feira, 23, ao Papa Francisco bênção para Angola e para os povos de África, durante um encontro do Sumo Pontífice com vários artistas, no Vaticano.
Paulo Flores fez parte de um leque de artistas de várias áreas convidados pelo Papa, para representar Angola e a língua portuguesa.
“Pedi ao Papa Francisco para benzer o meu terço em nome de Angola e dos povos de África. O Santo Padre benzeu e sorriu para mim”, escreveu o artista na sua página oficial do Facebook.
O encontro com pintores, escultores, arquitectos, escritores, poetas, músicos, realizadores e actores assinalou o 50.º aniversário da inauguração da Colecção de Arte Moderna e Contemporânea dos Museus do Vaticano. O primeiro encontro deste género remonta a 1964, quando Paulo VI apelou a uma renovada amizade entre a Igreja e os artistas.
“Não se esqueçam dos pobres, que são os preferidos de Cristo, em todas as formas em que se é pobre hoje. Também os pobres necessitam de arte e de beleza”, afirmou Papa Francisco.
O Papa disse que muitos pobres “experimentam formas muito duras de privação da vida”, pelo que necessitam ainda mais de arte.
“Normalmente, não têm voz e vocês podem ser intérpretes do seu grito silencioso”, afirmou, citado pela agência espanhola EFE.
Francisco convidou os artistas a fugir da “falsa beleza cosmética”, que disse ser “muitas vezes cúmplice dos mecanismos económicos que geram desigualdades”.
Agradeceu aos artistas por serem “também sentinelas do verdadeiro sentido religioso, por vezes banalizado ou comercializado”.
“Sinto que sois aliados de tantas coisas que me são caras, como a defesa da vida humana, a justiça social para os últimos, o cuidado da nossa casa comum, o sentimento de que somos todos irmãos e irmãs”, afirmou.
Além de Paulo Flores, participaram também artistas portugueses, brasileiros, espanhóis, indianos, britânicos, italianos, norte-americanos, entre outros.
