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MSF’s cholera treatment centre, located in Kassala, was flooded after heavy rains the previous night. The centre, based in tents, provides urgent care to cholera patients. Available space within the hospital was quickly reorganized to welcome patients coming from the flooded tents. Despite the challenging conditions MSF teams continue their efforts to treat those affected by the outbreak, working to maintain operations and ensure that patients receive life-saving care.

Número de mortes por cólera em Luanda sobe para 11 e MINSA confirma mais de 90 casos suspeitos incluindo dois no Bengo

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O número de mortes por cólera, na província de Luanda, aumentou para 11, com as autoridades sanitárias a notificarem um total de 95 casos suspeitos desde o início do ano, reportou, nesta sexta-feira, 10, o Ministério da Saúde (MINSA) através do seu boletim informativo.

Segundo o documento, que revela também dois casos na província do Bengo, as incidências da doença registadas em Luanda circunscrevem-se a bairros pertencentes ao município do Cacuaco, sobretudo o Paraíso, que soma um total de 54 casos suspeitos, oito confirmados e cinco óbitos.

Dos 95 casos, incluindo os dois do Bengo, 54 referem-se a pessoas do sexo masculino e as restantes feminino, com as idades a variarem entre os dois e os 65 anos.

Nas últimas 24 horas, foram notificadas duas mortes, das quais uma extra-hospitalar, e também 37 casos de cólera, dos quais 35 no Cacuaco (17 no bairro do Paraíso) e dois no município do Dande, na província do Bengo.

O surto de cólera foi declarado pelo Ministério da Saúde a 7 de Janeiro deste ano, quando se confirmou o primeiro caso, que levou as autoridades a activar o Plano Nacional de Resposta contra a Enfermidade.

As sintomas mais comuns da doença são vómitos e diarreia aquosa, tendo o Gabinete Provincial da Saúde de Luanda accionado “imediatamente” medidas recomendadas pela Organização Mundial de Saúde (OMS), que incluem desinfecção das áreas contaminadas, identificação e rastreamento de contactos e investigação epidemiológica e laboratorial aprofundada para confirmação dos casos suspeitos, entre outras.

O presidente do Sindicato Nacional dos Médicos de Angola (SINMEA), Adriano Manuel, em declarações à imprensa, na quarta-feira, 8, apontou a falta de saneamento, o aumento da pobreza e o desinvestimento na saúde preventiva como sendo factores que potenciam o surgimento da cólera no país.

O médico assinalou que “não faltaram avisos” às autoridades sanitárias do país sobre o fenómeno epidemiológico a que se assiste Angola.

O último grande registo que se tem de um surto de cólera em Angola remonta a 2011, quando foram registados 2 284 casos, que resultaram em 181 mortes.

O surto mais recente ocorreu entre 2016 e 2017, afectando as províncias de Cabinda, Luanda e Zaire com um total de 252 casos e 11 mortes.

A Unicef alerta que têm sido registados surtos de cólera em Angola em várias províncias desde 2017 e avisa que nove milhões de pessoas estão em risco, sobretudo durante a época das chuvas, que decorre entre Outubro e Abril.

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