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Nigéria. Presidente eleito responde a opositores que estão contra a sua vitória

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O Presidente eleito da Nigéria, Bola Tinubu, formou uma equipa jurídica para lidar com as queixas de fraude apresentadas pelos principais opositores contra a sua vitória nas eleições da semana passada.

Os principais partidos da oposição da Nigéria exigiram na terça-feira uma repetição das eleições, dizendo que as sondagens estavam “irreparavelmente comprometidas”, alegando que os resultados tinham sido manipulados por atrasos na publicação dos resultados na Internet.

Atiku Abubakar, do Partido Democrático do Povo (PDP), e Peter Obi, do Partido Trabalhista, são os líderes dos principais opositores de Tinubu.

Como primeiro passo, a equipa de Tinubu vai apresentar uma iniciativa legal contra Peter Obi, que será acusado de fabricar as suas próprias estimativas de votos, relata o diário nigeriano Vanguard.

O conselheiro de política de comunicação do partido, Dele Alake, tem um objectivo especial em relação a Obi que, segundo afirmou, aspira tornar-se no “político mais perigoso da Nigéria”.

“Ele elevou a sua conhecida mentalidade de clã a um nível muito infeliz ao basear abertamente a sua campanha na religião e etnia, quando na realidade acabou por se tornar o ‘rapaz propaganda’ da divisão no nosso país”, lamentou Alake.

Alake, no entanto, agradeceu de uma certa forma zombeteira aos opositores por terem abandonado os seus apelos iniciais à mobilização popular.

“Quero agradecer-lhes por terem finalmente optado pelo Estado de direito em vez da posição beligerante inicial no seu caminho numa viagem infundada em busca de uma miragem”, acrescentou.

Tinubu sucederá a Muhammadu Buhari, que não pôde concorrer por ter atingido o termo limite estabelecido pela Constituição da Nigéria.

A eleição marca a primeira vez, desde o regresso do país ao governo civil, em 1999, em que nenhum dos candidatos é um antigo líder militar, como foi o caso de Buhari, que liderou o país entre Dezembro de 1983 a Agosto de 1985, após um golpe de Estado.

LUSA

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