Isto É Notícia

Morre aos 78 anos o icónico da rumba congolesa Kiamuangana Mateta ‘Verckys’

Partilhar conteúdo

O conceituado produtor musical Kiamuangana Mateta ‘Verckys’, histórico ícone da música congolesa, morreu na tarde desta quinta-feira, 13 de Outubro, aos 78 anos, vítima de doença prolongada, numa das unidades hospitalares de Kinshasa, na República Democrática do Congo (RDC).

Compositor, arranjador, engenheiro de som, editor, produtor, patrono, músico e director de empresa, tudo isso rima com a personalidade do homem que os amantes da música congolesa reconhecem como “o homem com pulmões de aço”, cuja fama se estendeu também por dominar diversos instrumentos musicais, tais como a flauta, clarinete, saxofone, entre outros.

A morte do multifacetado ‘Verckys’ empobrece o mosaico cultural congolês e africano. Para muitos amantes da música congolesa, Verckys Kiamuangana foi um artista modelo, que conseguiu levar bem alto a bandeira da rumba congolesa ao longo da sua vida como artista, pelo que a sua morte é considerada “um golpe para o mundo musical congolês”.

O saxofonista fez parte do grupo musical T.P. Ok Jazz, do Grão-Mestre Franco Luambo Makiadi ‘Franco’, antes de criar a sua própria orquestra ‘Vévé’, que mais tarde contribuiu para a divulgação de vários músicos e orquestras, que contribuíram para a evolução da música congolesa, nomeadamente ‘Bela-Bela’, dos irmãos Soki, ‘Zaiko Langa-Langa’, ‘Lipua- Lipua’, dos cantores Nyboma e Pépé Kale, “Viva la Musica”, do cantor Papa Wemba, o cantor Koffi Olomide, e muitos outros.Nascido a 19 de Maio de 1944, Georges Kiamwangana Mateta foi principalmente um saxofonista, compositor, líder de banda, produtor musical e empresário musical na República Democrática do Congo (RDC).

No agrupamento musical Vévé evoluíram também os angolanos Mário Matadidi e, mais tarde, Teta Lágrimas.

Embora reconhecido como um músico talentoso e prolífico de todos os tempos, Verckys foi ainda mais notável como “o primeiro indígena africano a possuir uma gravadora” e por apresentar muitos grandes artistas congoleses ao mundo através de seu estúdio de gravação e seu selo Vévé.

ISTO É NOTÍCIA

Artigos Relacionados