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Ministério da Cultura, Turismo e Ambiente declara os Bakama-Zindunga Património Cultural Imaterial Nacional

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O Ministério da Cultura, Turismo e Ambiente elevou os Bakama-Zindunga a Património Cultural Imaterial Nacional, no domínio das manifestações culturais, com vista a garantir a salvaguarda e valorização desta organização para as actuais e próximas gerações.

A informação consta no Decreto Executivo n.º 269/22, de 29 de Julho, assinado pelo ministro Filipe Silvino de Pina Zau. No mesmo despacho, o ministério de tutela atribui competências às entidades da administração local do Estado no sentido destas tomarem medidas para a efectiva protecção e valorização do referido Património Imaterial.

Os Bakama-Zindunga são grupos culturais com seitas próprias, localizados na província de Cabinda, que representam uma das mais ricas manifestações culturais do povo angolano, justamente por transportarem elementos endogénicos da cultura material e espiritual, comportando rituais, festas e simbologias cheios de significados e com origens muito antigas.

O reconhecimento satisfaz a secretaria provincial da Cultura que tem trabalhado para a elevação de outros monumentos e sítios históricos a património cultural.

Devido ao seu carácter misterioso e delicado, os bakama, também conhecidos por zindunga, enquadram-se numa espécie de religião tradicional dos cabindenses que intervêm com exibições em cerimónias de empossamento de chefes, actos fúnebres e homenagens, doença prolongada e grave, expiação e purificação, consagração e calamidades naturais e agradecimentos.

A indumentária com que se apresentam consta, invariavelmente, de folhas secas de bananeira, cuja máscara é ornamentada em panos. Depois de cada exibição, as folhas são queimadas e as máscaras guardadas em sítio próprio, longe do alcance das pessoas que não fazem parte dessa organização secreta que tem como santuário o Morro de Tchizo.

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