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Mali. Alemanha vai anunciar retirada dos seus militares

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A Alemanha tenciona retirar os seus militares do Mali “o mais tardar no final de 2023”, terminando a sua participação na missão das Nações Unidas naquele país (Minusma), anunciou esta quarta-feira, 16, fonte governamental alemã, que pediu para não ser identificada.

A decisão foi objecto de um acordo de princípio no seio do executivo alemão e o anúncio oficial deverá ser feito na próxima terça-feira, acrescentou a fonte, citada pela agência France-Presse.

Cerca de 1.100 militares alemães participam actualmente na Minusma, criada em 2013 para reforçar a segurança no país africano devido às acções de grupos fundamentalistas islâmicos.

Vários países já reexaminaram a sua participação na Minusma devido ao aumento da instabilidade.

Os países ocidentais denunciam, designadamente, a presença de mercenários da empresa paramilitar russa Wagner, cuja presença foi solicitada pela junta militar no poder em Bamako, capital do país.

O mandato das tropas alemãs no Mali termina em Maio de 2023 e durante o prolongamento, decidido pelo Parlamento da Alemanha na passada primavera, os deputados introduziram pela primeira vez uma cláusula que prevê a retirada do contingente no caso da segurança dos militares não possa ser garantida.

A cidade de Gao, no leste do Mali, acolhe o principal quartel alemão, com as forças alemãs a participarem, designadamente, na protecção do aeroporto.

Os voos de reconhecimento das forças armadas alemãs, para assegurar a segurança das suas patrulhas, foram várias vezes interrompidos em Outubro passado, devido à tensão com as autoridades malianas ou problemas administrativos.

Em meados de Agosto, o governo alemão disse ter informações segundo as quais os russos estavam presentes no aeroporto de Gao.

O Reino Unido e a Costa do Marfim anunciaram esta semana a retirada em breve dos respectivos contingentes militares estacionados no Mali.

A França, principal potência que intervém militarmente no Mali, designadamente através da força Barkhane, decidiu em Fevereiro retirar no verão os seus efectivos militares, após cerca de dez anos de intervenção.

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