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Lindo Bernardo Tito acusa MPLA de fazer campanha em Saurimo usando cartazes com insultos racistas e xenófobos contra ACJ

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O deputado independente pela bancada da Convergência Ampla de Salvação de Angola – Coligação Eleitoral (CASA-CE), Lindo Bernardo Tito, usou a sua página da rede social Facebook para denunciar a circulação de cartazes nas ruas de Saurimo, na província da Lunda-Sul, com conteúdos racistas e xenófobos dirigidos ao líder da UNITA, Adalberto Costa Júnior.

O deputado, que não consta de nenhuma lista de candidatos a deputado à Assembleia Nacional nas eleições de 24 de Agosto, atribui a iniciativa a uma alegada “equipa de avanço do MPLA”, que estaria a distribuir pelas ruas de Saurimo, sobretudo junto de jovens e adolescentes, cartazes com apelos xenófobos, nos quais o líder da UNITA é tratado como ‘colono’ ou como um indivíduo sem legitimidade para concorrer disputar o poder político em Angola.

Num dos cartazes, escrito em língua nacional cokwe e traduzido pelo próprio deputado, uma vez que é originário da zona leste de Angola, pode ler-se a seguinte pergunta: “UNITA, por que o colono é cabeça de uma lista da disputa que teremos?”

“A equipa de avanço do candidato a Presidente da República pelo partido MPLA levou para Saurimo material de propaganda racista e xenófobo contra o candidato do partido UNITA. Lamento profundamente a estratégia da campanha eleitoral que diferencia o angolano pela cor da pele. Por favor, apresentem ideias, não se escondam no racismo”, apelou Lindo Bernardo Tito, lembrando que estes insultos não atingem apenas o candidato da UNITA.

“Tenho a certeza que Rui Falcão Pinto de Andrade também foi atacado, por ser também mulato. Parem com isso!”, aconselhou o ainda deputado à Assembleia Nacional.

Contactado pelo !STO É NOTÍCIA, no sentido de apurar saber se não se trata de uma “acusação gratuita”, sem provas palpáveis contra o MPLA — já que os portadores dos cartazes não se identificam como militantes do partido no poder — Lindo Bernardo Tito insistiu na denúncia, garantindo que “todo o mundo em Saurimo viu quem andou a fazer a distribuição dos cartazes”.

“Não é só aquele [cartaz], há vários. Em Saurimo ninguém tem dúvidas disso. Viram as pessoas, com os cartazes a entregarem a crianças para exibirem”, salientou o deputado, alegando ter provas claras da sua acusação.

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