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Laboratório de Engenharia de Angola conclui parecer técnico sobre estado do edifício São José apenas daqui a 30 dias

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O parecer técnico do Laboratório de Engenharia de Angola (LEA) sobre o estado de segurança do edifício n.º 236 São José, evacuado na última sexta-feira, 22, poderá estar pronto dentro de 30 dias, deu a conhecer, nesta segunda-feira, 25, o administrador-adjunto do município de Luanda para Área Técnica, Cláudio Revelas.

Em declarações à imprensa, o responsável referiu que a situação de deterioração acentuada do edifício, localizado na Avenida Comandante Valódia, distrito urbano do Sambizanga, está provada, mas é necessário ainda uma inspecção mais profunda para garantir a gravidade da situação.

Cláudio Revelas avançou, sem dar muitos detalhes, que está acautelado o realojamento das cerca de 50 famílias moradoras do prédio, podendo estes serem enviados para o município de Cacuaco ou distrito do Zango, no município de Viana, uma vez que Luanda não tem projectos no âmbito do programa de realojamento.

Quanto à retirada dos bens reivindicados pelos moradores, o administrador-adjunto esclareceu que depende de um parecer técnico e de uma forma ordeira, no sentido de não provocar quaisquer oscilações devido ao movimento de pessoas e objectos.

“Vamos dar a oportunidade de cada um reaver os seus pertences de forma organizada”, sublinhou.

O responsável esclareceu ainda que o edifício está sob vigilância permanente da Polícia Nacional e que não há acesso para nenhum cidadão, o que descarta a possibilidade de arrombamento de apartamentos, conforme levantado nesta segunda-feira por alguns moradores do referido prédio.

Cláudio Revelas apelou à calma aos moradores, reiterando que o Estado é uma pessoa de bem e que está preocupado com a situação dos moradores afectados.

“O LEA [Laboratório de Engenharia de Angola] vai fazer o seu trabalho, no sentido de garantir e dar a certeza se o edifício poderá ser intervencionado para sua recuperação ou não”, garantiu.

A acção de evacuação do prédio n.º 236 São José, deu-se, de acordo com a Administração Municipal de Luanda, devido a algumas anomalias estruturais detectadas, passíveis de comprometer a estabilidade do edifício de nove andares, onde habitam pelo menos 50 famílias.

Trata-se de um prédio com mais de 40 anos de existência, que comporta 55 pilares de suporte, cinco dos quais com sinais evidentes de corrosão.

Segundo as autoridades locais, na sequência da vistoria preliminar, feita por técnicos do Laboratório de Engenharia de Angola (LEA), foram tomadas medidas para a imediata desocupação do prédio, enquanto as equipas técnicas do Governo Provincial de Luanda, Ministério das Obras Públicas, Urbanismo e Habitação e Protecção Civil e Bombeiros trabalham na estabilização do edifício.

A Administração Municipal de Luanda informa ainda que num encontro mantido na sexta-feira, 22, com a comissão de moradores, foram prestados esclarecimentos sobre os procedimentos para a evacuação imediata do prédio, de modo a salvaguardar a segurança das famílias.

De recordar que, Luanda assistiu a 25 de Março de 2023 o desabamento de um prédio de seis andares na mesma avenida, sem causar vítimas mortais, assim como ao desalojamento das famílias do prédio adjacente.

Dias depois, foi a vez do Lote 1 do Prenda a apresentar risco de desabamento, o que levou à evacuação de 42 famílias.

Em Setembro último, moradores dos prédios 60 e 62, da avenida Hoji-ya-Henda, em Luanda, também foram evacuados, devido às fissuras que os colocam sob risco de desabamento.

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