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Kawiki da Costa, um dos ‘carrascos’ de ACJ, prepara abaixo-assinado que defende mais dois mandatos para JLo na Presidência

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Kawiki Sampaio da Costa, um dos nomes, senão o mais sonante dos nomes da bem-sucedida façanha que derrubou o Congresso Ordinário da UNITA de 2019, e consequente queda de Adalberto Costa Júnior da presidência da UNITA, a 7 de Outubro de 2021, voltou a ser objecto de abordagem jornalística na semana passada e os motivos, não menos polémicos, já começam a desagradar os ouvidos de algumas actores nacionais.

Depois de ter criado, em Abril deste ano, uma organização não-governamental (ONG), com o fim último de exaltar os “feitos” de João Lourenço ao longo do primeiro mandato, o Movimento Alerta Angola arregaça agora as mangas para, junto do Tribunal Constitucional (TC) e da Assembleia Nacional (AN) reivindicar a extensão do mandato do Presidente João Lourenço seja um facto.

Como o faria, com que meios constitucionais o faria, com que argumentos constitucionais conseguirá materializar mais uma façanha no xadrez político, Kawiki da Costa não o diz, mas de uma coisa o ex-militante da UNITA tem convicção: dez anos não bastam para João Lourenço “expurgar todo o mal” que a governação de José Eduardo dos Santos legou ao país. Esta é pelo menos a ideia defendida pelo líder do ‘Alerta Angola’.

“No que concerne à governação de sua excelência senhor Presidente da República, constitucionalmente apenas lhe dá o direito de ter dois mandatos… Nós, em nome do [Movimento] Alerta Angola, do qual eu sou presidente, iremos fazer aquilo que é direito de todo o cidadão fazer. Vamos juntos das instituições afins para dizermos, pelos 38 anos que tivemos na passada liderança… Nós sabemos muito bem como é que o país ontem esteve e como é que hoje está…”, fundamentou, em entrevista à TV Zinga, o antigo secretário provincial para a Mobilização da UNITA em Luanda, e actual militante do MPLA.

Quando questionado sobre como pretende chegar a tal proeza e com que instituições afins pretende levar a cabo tal assunto, Kawiki Sampaio da Costa afirmou assegurou que irá remeter um documento junto do Tribunal Constitucional e da própria Assembleia Nacional.

“Em dois mandatos, o senhor Presidente da República não vai conseguir, suponho eu, ter a emergir aquilo que são os teus pensamentos”, esclareceu.

“Estamos aqui a arrumar a matéria junto dos nossos advogados, no sentido de remetermos a estas instituições afins um abaixo-assinado a solicitar que, no que concerne ao limite de mandatos, se estique na ordem dos dois anos [isto é, mais dos mandatos, subentende-se]”, adiantou.

O Movimento Cívico Alerta Angola foi lançado no dia 21 de Abril de 2022, com objectivo de divulgar e enaltecer feitos da governação do Presidente da República João Lourenço, durante o quinquénio 2017/2022, e visou trabalhar na reeleição do candidato do MPLA nas próximas eleições de Agosto último.

Kawiki da Costa é apontado como um dos cabos ao serviço do general José Tavares e como tendo fortes ligações ao o director do Gabinete de Acção Psicológica e Informação da Casa de Segurança, liderado por Norberto Garcia,  que nunca negou ou confirmou a informação posta a circular por vários portais de notícias e órgãos tradicionais de imprensa nacionais.

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