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JLo diz não pretender desistir do combate à corrupção e ressalta o facto de a justiça hoje “não andar apenas atrás de ladrões de galinhas”

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O Presidente da República, João Lourenço, prometeu, esta quinta-feira, não desistir da luta contra a corrupção em Angola, uma vez que há ainda “muitos activos do Estado por recuperar” e que hoje a justiça não está apenas atrás de “ladrões de galinhas”.

“Não pretendemos desistir da luta contra a corrupção e temos a noção de que nem tudo que é recuperável foi recuperado até agora. Alguns deles estão mais ou menos identificados e estamos a estudar com profundidade, a fim de encontrarmos fundamentos de que o activo A ou B, que está em posse de particulares, pertence ao Estado”, argumentou, quando questionado se estaria disposto a continuar a combater a corrupção, em caso de vitória em Agosto próximo.

O chefe de Estado angolano, que falava numa entrevista colectiva concedida a 12 órgãos de comunicação social públicos e privados, realizada no Palácio Presencial, na Cidade Alta, destacou o facto de existir actualmente um quadro “completamente diferente” na justiça angolana, que ao longo de vários anos, segundo as suas palavras, esteve apenas atrás de “ladrões de galinhas”.

“Se nós formos analisar, sobretudo os casos que passaram pelo Tribunal Supremo, [veremos que] é uma nova realidade que antes de 2017 era impensável. Era impensável alguém permitir que determinadas figuras pudessem se sentar na barra dos tribunais, concretamente o Tribunal Supremo”, afirmou.

João Lourenço não tem dúvida que todos esses indicadores se devem ao facto de hoje a justiça e os tribunais, em particular, terem muito mais independência e liberdade de acção do que tinham até antes de assumir o poder, em 2017. Caso contrário, referiu, “continuariam amordaçados pelo poder político, que diria “não mexe aqui, não mexe ali”, não mexe neste, não mexe naquele'”.

Em relação ao ‘caso Lussati’, um dos mais polémicos casos de corrupção envolvendo efectivos militares ligados à Casa Militar da Presidência da República, acusados dos crimes de peculato, recebimento indevido de capitais e associação criminosa, João Lourenço disse o processo corre os seus trâmites legais e que brevemente virá a público.

O Presidente da República assegurou que “não há intenção de esconder nada”, rebatendo as opiniões que defendem de que a justiça está a ser selectiva. Na sua opinião, a justiça está a bater à porta daqueles sobre os quais assentam suspeitas de terem praticado algum crime, até que prova em contrário.

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