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Inflação mantém trajectória de descida e atinge os 15,24% em Novembro

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Após ter registado, em Outubro passado, a menor variação desde 2019 (16,68%), o Índice de Preços no Consumidor Nacional (IPCN) manteve, em Novembro deste ano, a tendência decrescente que se verifica desde o mês de Janeiro de 2022, ao voltar a registar um decréscimo na variação homóloga de 11,74 pontos percentuais, atingindo assim os 15,24%.

A Folha de Informação Rápida (FIR) do Instituto Nacional de Estatística (INE), divulgada esta terça-feira,13, descreve que, comparando a variação homóloga actual com a registada no mês anterior, verifica-se uma desaceleração de 1,44 pontos percentuais (p.p).

Quanto à variação mensal, o IPCN registou uma variação de 0,82% entre Outubro e Novembro deste ano. Comparando as variações mensais (Outubro a Novembro de 2022) regista-se uma desaceleração de 0,04 pontos percentuais, ao passo que, em termos homólogos (Novembro 2021 a Novembro 2022), verificou-se uma desaceleração de 1,26 pontos percentuais.

A classe ‘Saúde’ foi a que registou o maior aumento de preços em termos mensais, com uma variação de 1,84%. Destacam-se também os aumentos dos preços verificados nas classes ‘Vestuário e calçado’, com 1,75%; ‘Bens e Serviços Diversos’, com 1,31% e ‘Lazer, Recreação e Cultura’, com 1,15%.

Em termos homólogos, a classe ‘Alimentação e bebidas não alcoólicas’, mais uma vez, foi a que mais contribuiu para o aumento do nível geral de preços, com 0,42 pontos percentuais durante o mês de Novembro, seguida das classes ‘Bens e Serviços Diversos’, com 0,09 pontos percentuais; ‘Saúde’, com 0,07 pontos percentuais e ‘Vestuário e Calçado’, com 0,06 pontos percentuais. As restantes classes tiveram contribuições inferiores a 0,06 pontos percentuais.

Durante o mês de Novembro de 2022, as províncias que registaram menor variação nos preços face ao mês de Outubro foram Moxico, com 0,60 %; Lunda-Sul, com 0,69% e Bengo, com 0,70%; ao passo que as províncias com maior aumento de preços foram o Zaire, com 1,09%; Lunda-Norte, com 1,09% e Kwanza-Sul, com 0,99%.

No caso da província de Luanda, a maior praça económica do país, o Índice de Preços no Consumidor Nacional registou uma variação de 0,83%, de Outubro a Novembro deste ano. Comparando as variações mensais, registou-se uma aceleração de 0,03 p.p, ao passo que, em termos homólogos (Novembro de 2021 a Novembro de 2022), verificou-se uma desaceleração da taxa de variação actual de 1,30 p.p.

Recordar que, no início de Novembro, o governador do Banco Nacional de Angola (BNA), José de Lima Massano, admitiu que a taxa de inflação da economia nacional poderá atingir um dígito antes do final do corrente ano, com base na evolução da balança económica do país, impulsionada pela estabilização do preço do barril de petróleo.

Entretanto, ao que tudo indica, pelo menos não neste ano, a julgar pelas oscilações que se tem verificado nos mercados financeiros — por força dos conflitos geoeconómicos e políticos a que se assiste no plano internacional —, este feito parece estar muito longe da sua efectivação.

O Índice de Preços no Consumidor Nacional é um instrumento usado pelo Instituto Nacional de Estatística para avaliar a variação do nível dos preços de bens e serviços no país.

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