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Inflação em Angola não pára de crescer há 12 meses consecutivos e atinge em Abril uma taxa de 28% (um máximo de quase sete anos)

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Pressionada, mais uma vez pela alta de preços da saúde e dos alimentos e bebidas não alcoólicas, a taxa de inflação em Angola voltou a acelerar, pelo 12.º mês consecutivo, para 28,20% em Abril deste ano — um máximo de quase sete anos, segundo o Instituo Nacional de Estatística (INE).

A Folha de Informação Rápida (FIR) do Índice de Preços no Consumidor Nacional (IPCN) do INE indica que esta variação (28,20%) representa um acréscimo de 17,61 pontos percentuais em relação à observada em igual período do ano anterior (Abril 2023).

Segundo estatísticas do site Trading Economics, consultado por este portal, é preciso recuar até Junho de 2017, altura em que a inflação se situou em 30,51%, para encontrar um valor mais elevado.

Em termos mensais, o Índice de Preços no Consumidor Nacional registou uma variação de 2,61% entre Março e Abril de 2024 — o aumento mais elevado desde Setembro de 2018, sendo as províncias de Luanda, Huíla e Cabinda as que registaram maior variação (3,26%, 2,48% e 2,34%, respectivamente).

A classe ‘Saúde’, com uma variação de 3,25%, continua a ser a categoria que o regista o maior aumento de preços. Já havia ocorrido em Março e voltou a ter lugar em Abril, seguindo-se a da ‘Alimentação e bebidas não alcoólicas’, com 3,13%; ‘Vestuário e calçado’ (2,84%); e a dos ‘Hotéis, cafés e restaurantes’ (2,59%).

Recorde-se que o governo, com o objectivo de ver reduzido o nível de produtos importados e consequente baixa nos preços, determinou, recentemente, que doravante as Entidades Públicas Contratantes (EPC) deverão remeter ao Serviço Nacional da Contratação Pública (SNCP) relatórios trimestrais sobre as aquisições de bens produzidos localmente, como mecanismo de incentivo à produção nacional.

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