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INE confirma ligeiro crescimento da inflação para 31,09%. Em termos mensais registou-se uma redução de 0,39 pontos percentuais

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A inflação em Angola voltou a registar um ligeiro crescimento em Julho, pela 15.ª vez consecutiva, atingindo uma variação homóloga de 31,09%, estimulada sobretudo pela subida dos preços da ‘Alimentação e bebidas não alcoólicas’. Trata-se do nível mais elevado desde Maio de 2017.

A Folha de Informação Rápida (FIR) do Índice de Preços no Consumidor Nacional (IPCN), instrumento elaborado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), indica que esta variação de 31,09% representa um acréscimo de 18,97 pontos percentuais em relação à taxa observada em igual período do ano anterior (Junho 2023).

A classe ‘Alimentação e bebidas não alcoólicas’ foi a que mais contribuiu para o aumento do nível geral de preços com 1,12 pontos percentuais durante o mês de Junho, seguida das classes ‘Saúde’ e ‘Bens e serviços diversos’, com 0,09 pontos percentuais cada; ‘Vestuário e calçado’, ‘Mobiliário, equipamento doméstico e manutenção’, com 0,07 pontos percentuais cada.

Em termos mensais, o INE avança que os preços no consumidor diminuíram 1,68% em Julho, uma redução de 0,39 pontos percentuais em relação ao período anterior, com todas as classes de despesa a registarem declínios nos custos, com destaque para as da ‘Saúde’ e da ‘Alimentação e bebidas não alcoólicas’, que baixaram 0,39 e 0,35 pontos percentuais, respectivamente.

Na capital do país, a inflação situou-se em 42,19%, um acréscimo de 29,21 pontos percentuais em relação ao período homólogo, porém, se comparado aos números do mês anterior, indica uma redução mensal de 0,84 pontos percentuais.

No entanto, desta vez, Luanda não foi uma das três regiões com maiores variações nos preços. O facto ocorreu nas províncias do Namibe, Bengo e da Huíla, com 2,14%, 2,13% e 2,07%, respectivamente, ao passo que as províncias do Kwanza-Sul (1,20%), Huambo (1,28%) e Benguela (1,32%) apresentaram variações menores.

O Índice de Preços no Consumidor Nacional mede a variação ao longo do tempo do custo de um cabaz de 12 classes de bens e serviços cuja componente mais importante são os produtos Alimentares e as bebidas não alcoólicas (56% do peso total).

O aumento persistente dos preços em Angola reflecte a desvalorização do kwanza e o impacto da retirada gradual dos subsídios aos combustíveis, associada às dificuldades na disponibilidade de divisas.

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