Governo volta a convocar centrais sindicais para mais uma ronda de negociações já nesta quarta-feira
Após o fracasso das negociações e observada que foi a primeira fase da greve geral na história contemporânea de Angola, o Ministério da Administração Pública, Trabalho e Segurança Social (MAPTSS) voltou a convocar as três principais centrais sindicais para mais uma reunião de concertação, agendada para esta quarta-feira, 3, na sede do departamento ministerial.
A Força Sindical, União Nacional dos Trabalhadores de Angola − Confederação Sindical (UNTA-CS) e a Central Geral de Sindicatos Independentes e Livres de Angola (CGSILA) dizem estar prontas para negociar com o executivo, desde que haja avanços no caderno reivindicativo.
As centrais sindicais, que há sensivelmente duas semanas realizaram a primeira das três fases da greve geral insistem em deixar claro que “não irão recuar da decisão”, a não ser que o executivo resolva o problema do salário mínimo na ordem dos 100%.
Antes da greve geral, os sindicalistas defendiam uma revisão salarial na função pública na ordem dos 250% e uma maior abrangência na atribuição do subsídio de isolamento, ao passo que o executivo entendia e entende o contrário, propondo uma alteração de 5%.
Numa das reacções às reivindicações das centrais sindicais, o governo tratou de “sonhadora” a proposta dos sindicalistas, que, inicialmente, defendiam a atribuição de um salário mínimo de 250 mil kz, tendo flexibilizado pouco depois para os 100 mil.
