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Governo reconhece que a economia estagnou no I trimestre de 2023 mas rejeita recessão

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O chefe do Departamento para a Política e Gestão Macro-económica do Ministério da Economia e Planeamento (MEP), Martins Afonso, descartou, nesta quinta-feira, 6, qualquer recessão económica, em consequência da estagnação da economia no primeiro trimestre de 2023, justificando que “programas estruturantes em carteira” deverão inverter o curso.

Martins Afonso fez estas declarações à imprensa, quando falava da evolução do Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro trimestre de 2023, tendo referido que declínio trimestral não é sintomático de recessão.

“Esse crescimento de menos 1,1% é uma taxa trimestral, mas a variação homóloga representa um crescimento de 0,3%. Agora, quando nós comparamos em relação ao quarto trimestre de 2022, ali nós vamos registar um declínio de 2,3 pontos percentuais”, disse o responsável durante um encontro com a imprensa.

Segundo o governante, o registo do PIB dos primeiros três meses de 2023 não se traduz numa recessão. Mas, a economia, prosseguiu, estagnou por conta de uma queda abrupta que se registou no sector petrolífero”.

“E, o que ocorreu neste sector é que a quantidade de produção aqui caiu significativamente e isso reflectiu-se na queda das exportações e reflectindo-se nessa queda tem uma forte influência na capacidade da entrada de recursos, ou seja, que são as divisas”, sustentou.

O PIB cresceu 0,3% nos primeiros três meses de 2023, em termos homólogos, porém, recuou 1,1% face ao trimestre anterior, segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE).

De acordo com a Folha de Informação Rápida do INE, esta é a primeira vez que o PIB trimestral desliza para terreno negativo desde o segundo trimestre de 2021.

O recuo na actividade de exploração e refinação de petróleo (1,11 pontos percentuais) esteve na base da variação trimestral negativa e crescimento anémico do primeiro trimestre de 2023.

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