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Governo projecta criação de uma agência nacional de ciber-segurança

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O ministro de Estado para a Coordenação Económica, Manuel Nunes Júnior, anunciou, nesta quarta-feira, 10, que o executivo angolano está a desenvolver uma ‘Estratégia Nacional de Ciber-segurança’, envolvendo a concepção de políticas e medidas para proteger sistemas e infra-estruturas críticas contra os ataques cibernéticos.

Segundo o governante, no âmbito desta matéria deve ser considerada também a possibilidade de “criação de uma agência de segurança cibernética e respectivo observatório para coordenar as iniciativas de segurança em todo o país”.

Manuel Nunes Júnior, que procedia à abertura do 1.º Fórum Expo sobre Ciber-segurança, garantiu que esta estratégia deverá incluir também acções para aumentar a consciencialização e educação da população sobre a importância da ciber-segurança.

O ministro salientou que a referida agência terá como tarefa monitorizar e dar resposta às ameaças cibernéticas em tempo real, bem como garantir o fornecimento e tratamento de dados, com vista à criação de políticas públicas cada vez mais consistentes e realistas.

“A legislação a ser preparada no âmbito da ciber-segurança deve incluir penalidades severas para os crimes cibernéticos, a fim de dissuadir os agressores e malfeitores”, referiu.

Manuel Nunes Júnior recomendou às empresas e organizações governamentais empenho na formação e segurança cibernética dos seus colaboradores, para que estejam cientes dos riscos e saibam como contribuir para a protecção dos dados da empresa.

Com vista a aumentar a quantidade e qualidade dos quadros que trabalham neste domínio, será lançada uma Academia de Ciber-segurança para a preparação do mercado com quadros técnicos sobretudo jovens recém-licenciados nesta área do saber.

Durante o evento foi assinado um memorando de entendimento entre a empresa Itgest e o Instituto de Fomento da Sociedade de Informação, que vão criar a referida academia.

“A ciber-segurança não deve ser vista como uma questão que possa ser resolvida apenas pelo executivo, é uma responsabilidade de todos como cidadãos e usuários do mundo cibernético, e somente em conjunto se poderá encontrar as melhores soluções para fomentar uma cultura de ciber-segurança nas instituições e nas empresas, adoptando as melhores práticas, investindo nas questões relativas à segurança digital, física, entre outras acções”, frisou.

O fórum, que acontece pela primeira vez, conta com um painel de debates em que são oradores vários ministros, como a das Finanças, da Energia e Águas e o das Telecomunicações, assim como também o governador do Banco Nacional de Angola (BNA) e vários especialistas da área, nomeadamente em legislação de ciber-crime e ciber-segurança.

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